Edição nº 1 


editorial

Editorial

Caros colegas e parceiros,


É com grande satisfação que aproveitamos o lançamento da nossa Newsletter para apresentar o balanço das atividades do Laboratório Associado RISE - Rede de Investigação em Saúde, desde o seu início de funcionamento no ano de 2021. Este período foi marcado por algumas conquistas e início da consolidação de nossa missão de promover a investigação clínica.


O ano de 2021 marcou o estabelecimento do RISE como Laboratório Associado que abrange quatro diferentes Unidades de Investigação: Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa (CCUL), Centro de Investigação do IPO Porto (CI-IPOP), Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e Unidade de Investigação Cardiovascular (UnIC). Foi um período de preparação e organização, em que estruturamos nossa equipa e nossos processos para enfrentar os desafios que se apresentavam.


A equipa administrativa desempenha um papel fundamental no suporte às atividades de investigação. Nestes quase três anos, alcançamos um marco importante ao contratar um gestor de projetos, uma secretária e uma gestora de comunicação. Uma pequena equipa, mas muito aguerrida e ciente das dificuldades que enfrentamos todos os dias, seja na obtenção de fundos, na burocracia e no pouco conhecimento das entidades financiadoras do valor da investigação clínica.


Estamos orgulhosos por compartilhar a obtenção de um projeto europeu em parceria com diferentes países e que foi planeado e preparado dentro da nossa estrutura administrativa.


Uma das nossas principais metas tem sido estabelecer projetos-âncora que pudessem reunir as diferentes linhas temáticas do RISE e expertise dos nossos investigadores. Neste sentido, conquistamos avanços na criação de projetos estratégicos que possam ser transversais às nossas diferentes linhas e com os quais possamos concorrer a financiamentos nacionais e internacionais.


A obtenção de mecenato é um marco importante para a nossa sustentabilidade financeira. Como todos sabemos, em Portugal não há uma tradição forte em mecenato para investigação e, por esta razão, sensibilizamos um atleta com projeção internacional, como o caso do Pepe, para que nos fizesse uma doação para uma bolsa de investigação. Nesta atitude altruísta que muito agradecemos, pode estar o exemplo para doações futuras que venham ajudar a investigação clínica.


Fomentar a colaboração e a partilha de conhecimento é uma das nossas prioridades. Ao longo deste período (2021-2023), realizamos duas reuniões de todos os investigadores, uma em Lisboa (em janeiro de 2023) e outra no Porto (em outubro de 2023), onde reunimos e discutimos estratégias, compartilhamos conhecimento e estreitamos laços profissionais.


Não queria neste primeiro editorial falar de todas as dificuldades que temos encontrado para estabelecer esta ideia de colaboração em rede e da importância da investigação clínica (fica para o próximo). Agradecemos a todos os que estão a contribuir para o nosso sucesso e estamos ansiosos para um ano produtivo e colaborativo à medida que continuamos a nossa jornada.


Fernando Schmitt

Coordenador RISE – Laboratório Associado

entrevista

Entrevista | Susana Constantino

Diretora Executiva do Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa (CCUL)

Susana Constantino (CCUL@RISE), Diretora Executiva do Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa (CCUL), deu os seus primeiros passos enquanto investigadora na área da Oncologia. 


Apesar de desde cedo ter demonstrado um fascínio pela ciência aplicada à saúde, a Medicina nunca fez parte dos seus planos.  

Em 1997, concluiu o curso de Biologia Microbiana e Genética, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tendo, mais tarde, rumado a França, onde se doutorou em Bases Fondamentales de l'Oncogénèse , na Universidade de Paris 7. Seguiu-se o pós-doutoramento no Instituto Português de Oncologia de Lisboa e no Instituto Gulbenkian Ciência , em Oeiras. 

Susana Constantino afirma que sempre teve “uma vocação natural para ser professora”, vocação essa que acabou por se concretizar na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), instituição onde concilia a carreira de docente com a investigação, algo que considera ser a concretização de um objetivo. 

Conta com um longo percurso enquanto docente e investigadora, mas, antes da docência e da investigação, há sempre o lado humano. Onde nasceu? Como foi a sua infância?             

Nasci em Lisboa e a minha infância foi sempre pautada por muito amor e segurança. Vivia com os meus pais e o meu irmão, dois anos mais velho que eu. A casa dos meus avós era diariamente o nosso porto seguro. Era com eles que eu e o meu irmão passávamos os nossos dias, até começarmos a escola, com seis anos de idade, e sempre foi para esta casa que íamos após as aulas e onde aguardávamos pelos nossos pais para depois, então, irmos juntos para casa. Lembro-me de uma infância sempre muito feliz, havendo tempo para tudo: para momentos de brincadeira (e eles eram muitos), para viver experiências novas, para aprender… Organização, disciplina, noção de prioridades, noção de sacrifício por algum objetivo que se queria alcançar, uma liberdade orientada e sempre alicerçada em alguns princípios de que os meus pais não abriam mão e que eu mais tarde, enquanto mãe, também sigo. Estes foram alguns ingredientes que sempre estiveram presentes na minha infância. Tendo nascido no seio de uma família crente, cresci centrada numa educação bíblica, e isso foi muito importante para mais tarde, enquanto adulta, fazer a minha escolha pessoal e em consciência. Os meus pais, cada um com suas qualidades e personalidades distintas, foram um exemplo para mim, enquanto criança, e esse exemplo foi muito importante para me tornar a pessoa que me tornei a todos os níveis na minha vida.


Durante o seu percurso, como surgiu o interesse pela Medicina?


Sempre gostei muito da área de ciências e, embora fosse muito boa aluna em matemática, fascinou-me, desde muito cedo, o gosto pela área da ciência aplicada à saúde. Não queria ser médica e isso esteve sempre muito claro, pois, para mim, o fascinante era desenvolver o tratamento, mais do que aplicar o tratamento; era descobrir novas ferramentas de cura, mais do que usar as ferramentas já existentes. Já adolescente, acreditava convictamente na importância da Biologia Molecular e Celular para alcançarmos ferramentas muito mais eficazes. Nesta altura já queria seguir Biologia como primeira escolha, muito focada na saúde e na investigação translacional com vista à sua aplicabilidade clínica. Hoje, fazer investigação, numa faculdade médica, dentro de um campus hospitalar, e partilhar o meu conhecimento, enquanto docente, com as novas gerações é a concretização, não diria de um sonho, mas de um objetivo pelo qual lutei desde muito nova. Ler mais »

Notícias

Teresa

Laboratório Associado RISE reforça cooperação entre investigadores

31 OUT

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) recebeu o “RISE Day: The Societal Impact of Clinical Research”, um evento que, no passado dia 25 de outubro, juntou figuras políticas e investigadores nacionais e internacionais para debater o impacto da investigação clínica na sociedade. Ler mais »

Isabella

RISE abre candidaturas para Bolsa Pepe

27 OUT

Já abriram as candidaturas à “Bolsa Pepe”, uma iniciativa que pretende “atrair talento científico para contribuir para a produção científica e os resultados de investigação” do RISE – Rede de Investigação em Saúde. Ler mais »

oportunidades

Oportunidades

A Estratégia Norte 2030 


A estratégia NORTE 2030 procura potenciar o melhor da região norte, desenvolvendo o tecido económico e a capacidade dos sistemas de inovação e da criatividade. Para os investigadores, destacam-se o Programa Regional do NORTE 2021-2027 (Norte 2030), o Programa de Inovação e Transição Digital 2021-2027 (COMPETE 2030) e o Programa de Recuperação e Resiliência 2021-2026 (PRR). Saiba mais .


Convocatórias ERA Chairs e Excellence Hubs  


No passado 28 de setembro de 2023 foram lançadas as convocatórias ERA Chairs e Excellence Hubs como parte do “Programa Widening” do Horizonte Europa. A iniciativa pretende melhorar os resultados relacionados com a ciência, tecnologia e inovação de instituições dos países europeus menos desenvolvidos. As duas convocatórias encerram a 7 de março de 2024 e contarão com um orçamento de 157 milhões de euros. Saiba mais .


Cursos DocEnhance para investigadores  


Financiado pelo Programa Horizonte 2020 da UE, o projeto DocEnhance disponibiliza formações para o fortalecimento de competências dos investigadores. Os cursos são gratuitos e visam melhorar a gestão de dados de investigação, a supervisão de doutoramentos e a gestão da carreira de investigador através de competências empresariais e de empreendedorismo. Saiba mais .

telescopio

Telescópio  

Projeto UNCAN.eu  


UNCAN.eu é um projeto europeu financiado pelo Programa Horizonte Europa através da modalidade Ação de Coordenação e Apoio (CSA) e que visa impulsar uma ação europeia centrada na compreensão dos mecanismos do cancro, a fim de melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. A iniciativa é integrada por instituições de destaque no panorama europeu da investigação e pretende criar uma plataforma europeia de dados de investigação sobre cancro e desenvolver um mapeamento das infraestruturas europeias de investigação oncológica. Saiba mais .

Ficha Técnica

Laboratório Associado RISE – Rede de Investigação em Saúde


Edição/ Revisão: Olga Magalhães e Cláudia Azevedo | Redação : Maria João Silva e Carlos Taquechel


Desenvolvimento: Pedro Sacadura

Contactos | E-mail: geral@rise-health.pt


Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Rua Dr. Plácido da Costa, s/n
4200-450, Porto,
Portugal


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