Edição nº 4 


editorial

RISE é parceiro da nova Licenciatura em Saúde Digital e Inovação Biomédica da FMUP


Caros leitores,


Nos dias de hoje é de extrema importância discutir o papel transformador da academia na inovação digital e biomédica. Por esse motivo, o RISE – Rede de Investigação em Saúde é um dos parceiros da nova licenciatura em Saúde Digital e Inovação Biomédica (SauDInoB) da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).


A criação desta nova proposta na FMUP eleva ainda mais o nosso compromisso com a investigação e educação. Este programa de estudos permitirá que os novos estudantes participem ativamente em projetos de investigação desde o início de seus estudos académicos, contacto que não só garante uma educação profunda e aplicada, mas também facilita a transição de descobertas académicas para soluções práticas que beneficiem a saúde comunitária e respondam a desafios globais em saúde.


O nosso compromisso é espelhado através do desenvolvimento de atividades de extensão que o RISE tem vindo a executar através das Unidades de Investigação que o constituem (CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, UnIC – Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular, CCUL – Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa e CI-IPOP – Centro de Investigação do IPO do Porto). No final do passado mês de abril, o Laboratório Associado foi à Póvoa de Varzim, onde realizou, no âmbito do Programa Cientificamente Provável , o “Cérebro e a Dor”, uma atividade desenvolvida pela UnIC e cujo propósito é aprofundar o conhecimento dos estudantes do Ensino Secundário sobre o sistema nervoso. A nossa presença nestas iniciativas permite, simultaneamente, aproximar o RISE de um público estudantil mais jovem e promover a investigação enquanto parte do seu futuro académico e, quem sabe, profissional.


Além disso, temos o prazer de partilhar uma entrevista com o investigador Rui Henrique (CI-IPOP@RISE), que nos dá a conhecer algumas das suas experiências e principais desafios da investigação centrada no cancro. O seu percurso e visão destacam a importância de garantir a translação da investigação e dos seus resultados para a sociedade e o papel que a colaboração entre Unidades de Investigação pode ter na concretização desse objetivo.


O trabalho que temos vindo a fazer neste âmbito reflete-se, em grande escala, no trabalho desenvolvido pelos investigadores RISE. Por esse motivo, nesta edição, destacamos um estudo-piloto, desenvolvido pelo Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa (CCUL), que deteta fibrilhação auricular em fases iniciais e prevê reaparecimento da doença após tratamento.


Em suma, esta edição do “RISE Flash” reflete a honra do RISE em estar associado à nova licenciatura da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. O trabalho desenvolvido pelos nossos investigadores em prol da ciência e do seu impacto na comunidade é também algo que muito nos orgulha.


Fernando Schmitt

Coordenador RISE – Laboratório Associado

Entrevista | Inês Falcão-Pires

Entrevista | Rui Henrique

Investigador do Centro de Investigação do IPO Porto (CI-IPOP@RISE) e Professor Catedrático Convidado do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS)

Rui Henrique, investigador do Centro de Investigação do IPO Porto (CI-IPOP@RISE) , nasceu e cresceu no Porto, cidade onde, mais tarde, viria a formar-se em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS).


Apesar da investigação sempre ter feito parte das suas ambições profissionais, o interesse pela Oncologia, área central do seu trabalho, surgiu apenas durante o estudo de Patologia, enquanto estava a frequentar o Ensino Superior, tendo-se consolidado durante o internato de especialidade em Anatomia Patológica que Rui Henrique realizou no IPO Porto, instituição que acabou por liderar entre 2019 e 2022.

O investigador vê o RISE – Rede de Investigação em Saúde como uma oportunidade para desenvolver a “massa crítica” e afirma que para assegurar o sucesso do Laboratório Associado é necessário garantir diversidade e heterogeneidade na sua investigação, tal como acontece no cancro.


O Rui Henrique é uma figura conhecida da investigação, em particular na área do cancro, mas pouco se sabe quem foi antes de ser docente e investigador. Como foi a sua infância?


Foi uma infância cheia de oportunidades de aprendizagem e de contacto com muitas realidades, o que me proporcionou a oportunidade de experienciar um conjunto de vivências que se tornaram muito importantes para a minha vida, embora nesses momentos não tivesse a consciência disso. Nasci e cresci na cidade do Porto, no seio de uma família de origem humilde (mas honrada, como se diria na época!) que acreditava desde há várias gerações que a educação era o caminho para atingir patamares profissionais e sociais mais elevados. No final do século XIX, os meus trisavós, que eram modestos lavradores desta região, colocaram os seus filhos e filhas na escola primária, às suas expensas, pois não havia Ensino Público como hoje o conhecemos, preferindo o investimento no futuro à mera acumulação de um benefício económico circunstancial. Isto é algo notável, pois esta crença no papel transformador da Educação transmitiu-se aos meus bisavós, avós e pais. Eu sou o fruto dessa estratégia: em três gerações, passámos da lavoura à Medicina e à Academia. Nunca esqueço esse passado e essa visão inspiradora, pois significa que temos obrigação de investir no futuro dos que nos seguirão, ainda que não tenhamos a oportunidade de testemunhar o seu sucesso. Ler mais »


Notícias

Fernando Schmitt

Estudo-piloto deteta fibrilhação auricular em fases iniciais e prevê reaparecimento da doença após tratamento

08 MAI de 2024

Uma equipa de investigadores portugueses utilizou um dispositivo capaz de detetar a ocorrência de fibrilhação auricular, possibilitando assim a sua identificação precoce após ablação, intervenção terapêutica que permite aumentar a possibilidade de manter o ritmo cardíaco normal. Ler mais »


Investigadores portugueses estudam impacto de “intervenções simuladas” em doenças cardiovasculares

Investigadora RISE assume liderança de associação nacional dedicada à investigação

24 MAI de 2024

Carmen Jerónimo, investigadora do RISE – Rede de Investigação em Saúde, é a nova Presidente da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro (ASPIC), sucedendo a Joana Paredes, que assumiu o cargo em 2020. Ler mais »


oportunidades

Oportunidades

Parceria Europeia “One Health Anti-Microbial Resistance”

As convocatórias para o “European Partnership: One Health Anti-Microbial Resistance” visam apoiar projetos que permitam “combater doenças e reduzir a sua incidência”. O período de candidaturas a esta iniciativa encerra a 25 de setembro. Saiba mais .


Cursos DocEnhance para investigadores  

Financiado pelo Programa Horizonte 2020 da União Europeia, o projeto DocEnhance disponibiliza formações para fortalecimento de competências em várias áreas, designadamente em biotecnologia e liderança. Os cursos são gratuitos. Saiba mais .

telescopio

Telescópio  

Consórcio ICPerMed  


O Consórcio Internacional ICPerMed reúne cerca de 50 parceiros europeus e internacionais em representação de ministérios, agências de financiamento e a Comissão Europeia (CE). Em conjunto, estas entidades coordenam e promovem a investigação, tendo como objetivo assegurar o desenvolvimento de abordagens médicas e clínicas personalizadas. Saiba mais .


Ficha Técnica

Laboratório Associado RISE – Rede de Investigação em Saúde


Edição/ Revisão: Olga Magalhães e Cláudia Azevedo | Redação : Maria João Silva e Carlos Taquechel


Desenvolvimento: Pedro Sacadura

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Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
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4200-450, Porto,
Portugal


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