Investigadores U.Porto

U.Porto Reitoria SIP
João Teixeira Lopes
Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) / Instituto de Sociologia (IS-UP)

Investigação em Sociologia

Num exercício de retrospetiva, e regressando ao saudoso ponto de partida, que episódio ou vivência despoletou a curiosidade sobre a vida em sociedade, o quotidiano, as pessoas e a sua organização?
O interesse pela Sociologia começou com a experiência do ensino secundário, com a disciplina optativa de Sociologia, lecionada por uma extraordinária Professora de Filosofia, Maria Manuela Amaral. Esta Professora nunca tinha tido formação especificamente em Sociologia, mas conseguia estimular nos estudantes uma visão crítica, e além do mais, também favorecia imensamente o debate, o que não era muito frequente. Não éramos estimulados a pensar criticamente, a argumentar e contra-argumentar. E, portanto, foi mais até pelo contacto com uma Professora, e com o seu modo de ensinar, que eu me senti atraído pela Sociologia. Os conteúdos intrinsecamente sociológicos vieram depois, nomeadamente a questão das desigualdades sociais, que para mim é fundamental no meu percurso. Neste campo a influência do meu pai já era decisiva e muito marcante. O meu pai era alguém que, apesar de não ser licenciado, tinha uma grande biblioteca. Gostava muito de ler. Gostava muito de ler Ciências Sociais, e tinha uma grande biblioteca de História, de Política e também de Sociologia. As duas coisas juntas, um certo modelo pedagógico que para mim era novo e, simultaneamente, uma socialização familiar que incutia muito a leitura e o interesse pelas questões humanas e pela relação social foram cruciais no meu percurso.

A sociologia é inegavelmente crucial na compreensão e abordagem das questões sociais atuais. Há algum tema ou área de investigação particularmente relevante ou desafiante, na arquitetura sociológica contemporânea, que cumpre destacar?
No meu percurso tenho privilegiado sempre temáticas de estudo que não são repetitivas, ou seja, tento não me especializar demasiado, porque faz falta às Ciências Sociais um corpo comum, um tronco, capaz de responder às grandes questões do nosso tempo. Tenho estudos sobre Cultura, Educação, Juventude, Género, Classes Sociais, Emigração, portanto, tento encontrar caminhos de pesquisa que sejam capazes de me capacitar para responder às questões fundamentais: que tipo de modelo de desenvolvimento existe no nosso país? Que tipo de solidariedade existe no nosso país? Como é que as desigualdades sociais são um obstáculo? O que é o sofrimento social, a vulnerabilidade social, a invisibilidade social? Penso que o conhecimento sobre estes temas, que tem de ser rigoroso, objetivo e esforçado - não acredito em conhecimento sem esforço, sem rigor nem procura de objetividade - o conhecimento sobre estas temáticas ajuda-nos, enquanto pessoas, e enquanto cidadãos, a termos maior capacidade para mudar a vida. As ciências têm também de servir, de uma forma não imediata mas ainda assim potente, para que as pessoas consigam pensar-se, e pensar-se coletivamente, isto é, a cultura científica, a disseminação e a transferência de conhecimento não impede isso. É preciso que esse conhecimento seja transmitido socialmente, e que essa transmissão social possa ajudar a uma cidadania muito mais informada, esclarecida e ativa e, já agora, muito mais transformadora. Um grande Professor da nossa Universidade, José Madureira Pinto, dizia com muita graça que os sociólogos são os aprendizes da transformação do Mundo. À sua maneira, com os seus próprios utensílios, ferramentas teóricas e metodológicas, mas é também um contributo que nunca pode deixar de ser feito. Se me perguntarem questões de pesquisa que eu acho que podem ser fundamentais, e que ultrapassam a Sociologia, acho que temos de tentar, cada vez mais, ter tópicos transdisciplinares e perceber o que há de específico nas sociedades humanas, mesmo através do tempo, na longa duração e de uma forma até trans-histórica. O que é que faz de nós humanos, diferentes dos não humanos? E o que é que faz de nós humanos próximos desses não humanos também? Isso ajuda-nos a ter uma visão não demasiado antropocêntrica do mundo, não demasiado europeizante, ou ocidental cêntrica. É uma forma de respeitarmos mais quer as outras culturas, quer as outras espécies. Porque a espécie humana é singular e distintiva, temos capacidade simbólica e dependemos de uma herança cultural. Nunca começamos do zero porque a transmissão das histórias, dos mitos, do estar junto, do cuidar dos outros, é algo que vem de geração em geração. Nunca partimos do zero, estamos sempre a herdar algo, e a transformar o que herdamos. Ao mesmo tempo somos também uma espécie, naquilo que é a grande evolução dos ecossistemas e do planeta, e aí partilhamos muitos aspetos com outras espécies. Não somos tão únicos quanto isso. Esse diálogo entre disciplinas faz-nos perceber o que é que é único na espécie humana, nomeadamente a questão da transmissão cultural, e o que é nos aproxima de outros animais - porque há outros animais que são também sociais, que têm comportamentos coletivos, que têm até formas mais elementares de linguagem. Isso dá-nos uma certa humildade no Mundo que vivemos, e acho que precisamos de um diálogo entre paradigmas teóricos e ciências distintas, e esse diálogo é muito pouco feito nos dias de hoje.

Que potenciais desafios ou oportunidades antevê na convergência entre as ciências sociais e as tecnologias digitais?
Vejo muitas preocupações no horizonte, mas também algumas esperanças. Se recuarmos ao início deste século, à passagem do séc. XX para o séc. XXI, a digitalização, a world wide web, a 1.0 e principalmente a 2.0, eram vistas com enorme esperança. Tinha chegado o tempo da democratização, do acesso de todos às ferramentas que permitiam a participação, que permitiam descentralizar o poder, que permitiam criar linguagens vernaculares que seriam depois utilizadas por todos. A chamada folksonomia das redes sociais. Mas, chegados hoje à segunda década do séc. XXI, a preocupação é imensa porque o que temos visto é que a web 2.0 (e 3.0, e 4.0) não têm propriamente potenciado as virtualidades emancipadoras, críticas e democráticas. Pelo contrário, têm potenciado o fechamento em bolha, a tribalização, a polarização, os comportamentos miméticos, as trincheiras cognitivas, os vieses cognitivos. Têm empobrecido aquilo que é a capacidade de argumentarmos e contra-argumentarmos porque tendemos todos, dentro da bolha ou dentro da tribo, a pensar da mesma maneira. Temos também enfraquecido a capacidade de pensarmos com o outro, no lugar do outro e de aprendermos com o outro. O outro, diferente de nós, parece que se tornou um fator de irritabilidade, quando não mesmo de ódio, e não um fator de desafio e de aprendizagem. Simultaneamente, a digitalização tem também contribuído para um acréscimo da vigilância, ou seja, as economias de hoje não vivem sem os nossos dados, sem o nosso rastro na net. E utilizam esse rastro e esses dados, não para melhorar produtos como inicialmente se previa, mas para, como diz Shoshana ZuBoff, socióloga norte-americana, criar mercados de comportamento futuro, mercados preditivos, capazes de prever, mesmo antes de nós, o nosso futuro e os nossos comportamentos. É extraordinário o poder que isso confere aos monopólios deste mundo. Simultaneamente, o poder que isto fornece a quem comprar estes dados. O panorama é algo sombrio. Claro que há também aspetos positivos. Se formos capazes de formar pessoas com competências críticas, e isso é transversal e não depende apenas do online, aí a questão da universidade é crucial. Se tivermos modelos pedagógicos ativos, de debate e de escuta do aluno, de interpelação, de não fazermos o culto da repetição, de não fazermos o culto da personalidade do professor, de não fazermos o culto, muitas vezes também, da sebenta - porque as sebentas continuam a existir em inúmeras disciplinas, e não é só nas Ciências Sociais, é também nas ditas Ciências duras. É isto dizer: reduzir ao máximo o corpo de estudo, os materiais de estudo, repetir, repetir, repetir. Se nós formos capazes de criar nas nossas salas de aula momentos vivos, dinâmicos, de crítica de debate e de estudo complexo, então aí daremos um contributo para que as redes sociais e as ferramentas digitais possam ser utilizadas de uma forma emancipadora.

Para lá da esfera puramente científica, extrapola para lá da academia o conhecimento adquirido (foi programador do Porto Capital Europeia da Cultura 2001, presidiu à Associação Portuguesa de Sociologia, de entre outras contribuições de cariz e serviço público). De que forma terão estes exemplos de um compromisso além investigação impactado a sua perspetiva e abordagem aos desafios sociológicos mais prementes?
Tenho vários papéis sociais e, como em todos nós, cada papel social é uma porta que se abre, se quisermos, para um universo distinto. Contudo, no final do dia, sou a mesma pessoa e isso contribui para que os meus reportórios, os meus conhecimentos, as minhas experiências e a informação que eu tenho possa, eventualmente, ser mais rica do que a hipótese contrária, isto é, se eu tivesse sido apenas Professor. Ser Professor é muito rico também, porque lidamos com estudantes das mais variadas proveniências e temos o desafio permanente da sala de aula, que se deve encarar não de uma maneira estereotipada, mas de uma forma viva. Esses outros papéis sociais ajudaram-me a ter uma maior noção de que é preciso comparar experiências e formas de conhecimento, de que é preciso respeitar diferentes formas de ver o mundo e de que é possível conciliar e fazer dialogar a linguagem científica, a linguagem artística e a intervenção política. De que visões de síntese e visões integradoras, onde esta comunicação de reportórios se faz, são também precisas e necessárias para sermos seres humanos mais ricos e mais complexos. Acho que nos dá maior humildade, maior atenção, aquilo que são formas de saber diferentes das nossas. Tudo isto impele-nos a procurar essa comunicação e essas novas sínteses, que são sínteses de diferenças, são sínteses de diversidade. A diversidade comunica para fazer algo de melhor, de mais denso e complexo, capaz de nos abrir outro tipo de janelas para o Mundo, de todas elas tirando ensinamentos. Não é ficar meramente disperso. Corremos sempre o risco da dispersão. É preciso abrir janelas, mas também ser capaz de integrar aquilo que obtemos desse conhecimento. É crucial também, às vezes, desacelerar. Por vezes perdemos um pouco o sentido do que fazemos. Quando falo da necessidade de integrar toda a informação das nossas várias experiências, é também nesse sentido de desacelerar, de parar para pensar, parar para comparar, parar para integrar. Senão desperdiçarmos a velocidade. E a dispersão pode ser um enorme desperdício.

Com uma carreira científica extraordinariamente profícua em outputs, em vários domínios da Sociologia como sejam a cultura, a educação, a emigração ou as desigualdades sociais, poderia partilhar com a comunidade científica da U.Porto um livro, publicação ou projeto que tenha publicado, liderado ou integrado particularmente impactante (pela sua natureza, desafio científico, impacto social, …)?
Gosto muito da trilogia que fiz com outros autores sobre as classes socias em Portugal: “Os Burgueses”, “As Classes Populares” e “As Classes Médias” da Bertrand, porque acho que elas são um projeto de conhecimento do país que temos e das suas desigualdades. Gosto muito também da minha tese de doutoramento de 1999, “A Cidade e a Cultura” publicada pela Afrontamento, porque esteve ligada a uma política cultural que existia, na altura, na cidade do Porto com a vereadora Manuela de Melo. Foi uma tentativa de perceber o que é que estava a mudar no Porto, em termos de política cultural, alargamento de públicos e democratização cultural. E há um último livro que gostava de realçar. É muito recente e chama-se “Elas.” Foi escrito a partir de seis estudantes minhas, todas elas mulheres, e todas elas oriundas das classes populares, isto é, de famílias com parcos recursos económicos e culturais. No entanto, todas elas com excelentes resultados escolares académicos. Quis perceber como é que aquilo que é menos provável pode também acontecer nas nossas sociedades, e na nossa Universidade. E quis perceber o que é que poderíamos encontrar, a partir destes percursos destas seis jovens, para entender melhor os obstáculos que se colocam ao processo escolar das mulheres de classes populares, mas ao mesmo tempo como é que elas, apesar de serem de meios tão pobres, conseguiram dar a volta. É um livro que me diz muito, e que me ajuda muito em termos pedagógicos. Todos os anos eu tinha estas jovens estudantes pela frente. Todos os anos eu tenho jovens estudantes que vêm de meios humildes - geralmente são mulheres - e que têm bons resultados escolares. Foi por isso que escrevi este livro, o “Elas”, que me diz muito também.

Porquê este carinho tão particular pelo tema das desigualdades sociais?
As desigualdades sociais são o principal obstáculo ao desenvolvimento do nosso país - somos um dos países mais desiguais da União Europeia. A desigualdade é também um enorme desperdício. Limita a nossa capacidade de crescimento económico e vai limitar, também, a nossa capacidade de sermos uma sociedade: não há sociedade sem solidariedade. Vivemos com esta noção, de que uns terão sempre mais dificuldades do que outros, não importa o esforço que façam ou o talento que tenham. Uns nunca conseguirão, por não serem de certas famílias ou por não nascerem em berço d'ouro, ou por não terem o capital social de outros. Uns estarão sempre fadados a viver nas mesmas condições, a ter os mesmos empregos precários, a emigrar. E outros vão concentrar riqueza. Esta perceção de injustiça cria muita raiva, muito ressentimento, e tem esse cariz de obstaculização de uma sociedade que queira avançar, e que queira ser inclusiva e solidária. Além de que provoca muito sofrimento social. Sofrimento social não é abstrato, é concreto. Sentir-se na pele humilhação, sentir-se na pele ostracização ou estigmatização, sentir-se na pele que "não importa o que faças nunca conseguirás sair da cepa torta". Isto é uma violência enorme sobre as pessoas a quem se inflige. As desigualdades sociais são ‘a questão’ para percebermos porque é que o nosso país não tem avançado, e porque é que a nossa modernização é tão conservadora. Isto tem de ser ultrapassado em múltiplas frentes. Por um lado, ao nível das políticas públicas, que têm de ser muito mais baseadas na redistribuição. E redistribuição implica mesmo redistribuir a riqueza, implica impostos progressivos, englobando todas as formas de riqueza e não apenas aquelas que vêm do rendimento monetário. Implica também termos uma noção do ‘bem público’ e isso passa pelas perceções que as pessoas têm. Hoje verificamos que muita gente tem a perceção de que o bem público não interessa, que os nossos impostos são excessivos porque cada um só pensa em si, e quando as pessoas se esquecem que a educação, a habitação ou a saúde, enquanto serviços públicos, são um fator crucial de unificação de uma sociedade, são um fator crucial de confiança, de segurança... Quando as pessoas se aperceberem de que a competição, ao nível a que nós a levamos, é perniciosa porque leva ao isolamento, ao ressentimento, à frustração, à raiva, ao ódio, e leva até à doença mental. Percebemos que um país desigual é um país injusto, e é um país que causa perceções de não reconhecimento, de não dignidade para muita gente, e que isso causa sofrimento, desgaste, stress… o trabalho que não inclui, que é excessivo, que não permite a ligação entre a vida pessoal e familiar. Tudo isto está ligado às desigualdades e, portanto, é preciso atacar em várias frentes: políticas redistributivas. Ter uma noção muito clara do bem comum e, ao mesmo tempo, uma perceção de que a colaboração é mais profícua do que a competição. Isto é um trabalho de cidadania que também tem de ser feito, volto a dizer, na própria Universidade. Até porque nós, às vezes, não damos o exemplo. Os universitários são demasiado competitivos. São demasiado voltados de costas uns para os outros, demasiado preocupados com rankings, métricas, carreiras, avaliações e, às vezes, perdemos um pouco o sentido da relação social: a interdependência, precisamente.

Em 2014, foi galardoado Chevalier des Palmes Académiques pelo governo Francês, num expoente de reconhecimento pelas contribuições para o mundo académico e para a sociedade. Sinónimo do prestígio e mérito científico do trabalho de investigação que tem vindo a desenvolver, o que representou esta distinção?
Foi uma alegria, não nego isso, foi mesmo uma alegria. Até porque foi baseada em trabalhos que fiz sobre a emigração, muito particularmente, emigração para França que representa, para a nossa sociedade, uma memória ativa porque ela continua e temos lá muitos portugueses. Se olharmos para aquilo que foi o esforço dos nossos concidadãos, que inicialmente foram clandestinos, muitos deles, em situações altamente precárias, a viver nos arredores de Paris em bidonville autênticas, bairros de lata, cidades de bidon, construídas com esse material, a viverem numa grande ostracização. Os franceses, alguns - houve também imensos franceses solidários - mas alguns referiam-se aos portugueses como gente de segunda categoria. É um ensinamento para agora, em que somos um país de imigração, continuando a ser um país de emigração. Ora, se ainda somos um país de tanta emigração no presente, e se o fomos no passado recente, temos também de ter uma atenção muito grande face aquilo que é o nosso país ao nível da hospitalidade para com outros que para cá vêm trabalhar. Por isso é que esse prémio foi para mim importante, porque é um sinal de que importa que os portugueses nunca esqueçam esse seu duplo cariz: nunca esqueçam os emigrantes que por tantas dificuldades passaram, e ainda passam, e de país que recebe imigrantes que vêm para cá, trabalhar connosco.

Atualmente coordena o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto. Quais diria serem os principais desafios, do ponto de vista científico, da coordenação de uma unidade de investigação?
O primeiro aspeto é o combate à precariedade do emprego científico. Neste âmbito temos tido imensos problemas, porque temos bolseiros FCT mas que depois… não se sabe muito bem, eles próprios não sabem o que é que vão fazer. Aqui (no Instituto de Sociologia) não temos capacidade de integração e, portanto, existe essa permanente angústia que é muito perniciosa. Esta precariedade faz com que as pessoas não invistam totalmente nos seus percursos, e faz com que vivam em constante sobressalto. Esse é um desafio permanente e é o grande problema, a meu ver, do nosso sistema científico nacional: a precariedade dos investigadores. Muito particularmente quando as Universidades e as Faculdades não assumem a investigação como um dos seus eixos matriciais. Temos esta dupla vertente, somos professores e somos investigadores. Mas muitos de nós estamos constantemente a subalternizar a vertente de investigação, do ponto de vista institucional e organizacional. Deparo-me com isto todos os dias. Depois, a questão dos ambientes de trabalho é fundamental, e acho que aqui temos feito um esforço, um trabalho muito grande, sem qualquer tipo de falsas modéstias, para criar ambientes confortáveis do ponto de vista relacional, de colaboração, de entreajuda, com projetos transversais, com equipas que funcionam realmente como tal. E, claro, os financiamentos, que tentamos. Para além do financiamento que temos da FCT, trabalhamos com autarquias, associações artísticas, culturais, socias - do chamado terceiro setor -, com organismos descentrados do estado. Este tipo de pluralidade não é apenas pela questão do financiamento em si, é também pela capacidade que nos dá de conhecermos outras realidades, e de nós próprios nos descentrarmos. Com isso enriquecermos os nossos reportórios de investigação. Estes três aspetos, o grande desafio da integração e do combate à precarização, os ambientes de trabalho vivos, colaborativos e em equipa e, simultaneamente, a diversificação de formas de investigar. Não apenas a investigação fundamental é crucial, aquela que é mais dura do ponto de vista da inovação teórica, concetual e metodológica, mas também a investigação feita com sentido de responsabilidade social, e com sentido de ligação, de parceria com múltiplas instituições e territórios. Também gostamos muito de o fazer.

Poderá consultar mais informações sobre o investigador aqui.


 Copyright 2024 © Serviço de Investigação e Projetos da Universidade do Porto.
Todos os direitos reservados.