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Exposição e Ciclo de Conversas • Fundação Marques da Silva
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A exposição PAISAGENS CONSTRUÍDAS nasceu de uma ideia original e do trabalho de investigação de Valdemar Cruz, complementado pela lente de Inês d'Orey, convidada que foi a explorar e a captar a qualidade espacial de cada uma das obras selecionadas a partir de um inquérito lançado a um conjunto alargado de personalidades de uma ou de outra forma ligadas à Arquitetura. E se primeiro se deu a conhecer em formato livro, através do percurso proposto por Luís Martinho Urbano para o cenário único que é o Palacete Lopes Martins, ganhou agora uma impactante leitura em formato expositivo.
As 16 obras que nela se mostram são exemplos superiores - e não exclusivos - dos muitos caminhos que os arquitetos portugueses têm vindo a percorrer desde o início do séc. XX até aos nossos dias. Um roteiro que apetece percorrer e que potencia múltiplas perspetivas de análise e de debate.
Por isso mesmo, em paralelo, decorre ainda um CICLO DE CONVERSAS, moderadas por Valdemar Cruz, sobre quatro das obras expostas. Duas tiveram lugar no passado mês de fevereiro: a Igreja do Sagrado Coração de Jesus (1970, Lisboa), projeto de Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, tema da primeira conversa, no dia 5, com Nuno Grande; e o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas (2014, Ilha de São Miguel - Açores), com dois dos seus autores, Cristina Guedes (menos é mais) e João Mendes Ribeiro, a 22. E mais duas estão programadas para este mês de março: a 22, com Sergio Fernandez, sobre a Vill´Alcina (1974, Caminha); e a 29, a Barragem de Picote (1958, Miranda do Douro), projeto dos arquitetos Archer de Carvalho, Nunes de Almeida e Rogério Ramos, com Fátima Fernandes.
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ENRAIZAR: de Alvar Aalto a Álvaro Siza
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Simpósio • Porto/Guimarães • 11 e 12.03.2025
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Organizado por Eduardo Fernandes (EAADUM) e Pedro Borges de Araújo (IF-FLUP), o Simpósio ENRAIZAR: DE ALVAR AALTO A ÁLVARO SIZA tem como tema a proximidade formal e metodológica de Álvaro Siza a Alvar Aalto, assumida pelo arquiteto português em vários textos e entrevistas. Vai decorrer ao longo de dois dias - 11 e 12 de março. Primeiro na Fundação Marques da Silva, no Porto, num formato duplo - presencial e online - e, no dia seguinte, em Guimarães, no Edifício de Arquitetura do Campus de Azurém da Universidade do Minho, onde decorrerão mais duas sessões em formato exclusivamente presencial.
Tendo por objetivo obter uma perspetiva pluridisciplinar da obra de Alvar Aalto a Álvaro Siza, aqui estará reunido um alargado painel de personalidades, nacionais e internacionais, que assim aceitaram o desafio de refletir sobre a obra do arquiteto português e a sua relação com a metodologia do mestre finlandês.
O primeiro painel, no dia 11 de março, com Juhani Pallasmaa, Opa Koponen, Miguel Borges de Araújo, Carmen Moreno e Juan Domingo Santos, a acontecer entre as 10:00 e as 13:00, poderá ser acompanhado online (basta usar o seguinte link: https://videoconf-colibri.zoom.us/meeting/register/ZUl5U484RrioNROXikX9cQ). As restantes sessões são apenas presenciais e de acesso livre, apenas sujeito à lotação do espaço.
Para consulta do programa, clique em ver +
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Encontro com Raymond Neutra • Fundação Marques da Silva 26.03.2025
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Em 1954, o arquiteto austro-americano Richard J. Neutra publicou Survival Through Design, um livro basilar onde expressava as suas preocupações perante o rumo da (re)construção a que ia assistindo e a essencialidade de o projeto considerar uma compreensão biológica do ambiente e do homem como condição de sobrevivência da civilização e da construção de uma nova arquitetura; por outras palavras, onde defendia a necessidade imperativa de a humanidade se reconciliar com a natureza e integrar a dimensão emocional do indivíduo como parte integrante do processo de projeto.
Passados 70 anos da publicação deste livro, e 100 anos desde que Richard J. Neutra deu início ao seu percurso no Continente Americano (em Los Angeles), o projeto Autofocus, coordenado por Pedro Borges de Araújo, propõe uma revisitação do percurso deste arquiteto e uma reflexão sobre os caminhos abertos pelas ideias que este foi defendendo ao longo da vida e muito particularmente em Survival Through Design.
A 21 de março, no MUDE, e a 26, na Fundação Marques da Silva será exibido o documentário Neutra: Survival Through Design, de PJ Letofsky, às 15:00, seguido, às 17:30, de um encontro/conversa com o médico e ambientalista Raymond Neutra, filho de Richard J. Neutra e atual presidente do Neutra Instituto For Survival Through Design.
A entrada é livre, apenas sujeita à lotação do espaço.
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Um Lançamento e Novos Títulos
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Em fevereiro passado, com José Manuel Pureza, Pedro Levi Bismarck e Alexandre Alves Costa, o autor de ARGUMENTOS 2: EM CONVERGÊNCIA, decorreu a sessão de apresentação deste projeto editorial da Fundação Marques da Silva desenvolvido em parceria com a U.Porto Press. Um livro desafiante de um arquiteto desassossegado e que acredita no poder transformador da Arquitetura.
Entretanto, já se encontram disponíveis para consulta na Biblioteca Corrente da Fundação Marques da Silva novos títulos: Building Views on Alvar Aalto, uma oferta de Pedro Borges de Araújo, um dos autores deste livro que também integra textos de Juhani Pallasmaa e foi editado por Carlos Machado e Moura (2019, Panoramah!); também o recentemente divulgado In class with Távora: Teaching and Learnin (Living) Today, de Barbara Bogoni e João Mendes Ribeiro (2024, Amag Publisher); e Glossário de Arquitectura Portuguesa de Autor: Fernando Távora, catálogo da exposição homónima (2025, Ordem dos Arquitectos).
Na Biblioteca Digital encontra-se acessível a consulta de mais um artigo de Helena Barranha, "A arquitectura de museus na viragem democrática: dois projectos de referência para a arte contemporânea", publicado na revista Arte e Cultura Visual, n.º 4, com destaque para o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, um projeto de Alcino Soutinho.
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Regressou à Fundação mais um conjunto de desenhos, concluído que foi o respetivo restauro, realizado pela conservadora-restauradora Ana Freitas, do Serviço de Gestão da Documentação e Informação (SGDI) da UPdigital. Desta vez, foram intervencionados 3 desenhos de inegável valor artístico, documental e patrimonial, provenientes de três acervos: José Marques da Silva, um alçado do Liceu Alexandre Herculano sobre tela calandrada; Fernando Távora, um desenho académico para Composição Decorativa, em papel; e Alcino Soutinho, um esquisso para um projeto não realizado de um monumento a Miguel Torga.
As operações de conservação e restauro representam uma componente vital e complementar ao trabalho técnico de Arquivo. Neste caso preciso, tiveram como principal objetivo estabilizar os suportes e os elementos gráficos, assegurando a preservação, legibilidade e fruição futuras de documentos gráficos que se encontravam fragilizados e em risco, com respeito pelos seus valores históricos e artísticos.
E são exemplificativas do trabalho desenvolvido na Fundação Marques da Silva, da interdisciplinaridade necessária para responder eficazmente aos desafios de cuidar do importante património que detém e do diálogo permanente que tem de estabelecer entre arquitetura, arquivo e património.
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