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Com novas doaçoes à Fundação Marques da Silva, registadas durante o mês de agosto, os acervos de Manuel Teles e de António Cardoso "cresceram", tendo sido ainda criado um novo núcleo documental relativo a Ventura Terra, arquiteto que se cruzou com José Marques da Silva na Academia Portuense e no atelier de Victor Laloux.
No caso do Arquiteto Manuel Teles, para além de desenhos relativos à sua formação académica na ESBAP e daquela que constitui uma verdadeira descoberta, a maqueta do projeto para o CODA — Conjunto de Habitações Rurais, Federação das caixas de Previdência, Casa do Povo de Pegarinho — defendido em 1964, esta nova doação integra uma componente importante bibliográfica, onde se incluem livros e periódicos reveladores das suas primeiras referências no campo da Arquitetura e do Urbanismo.
Para o acervo do Professor, Historiador de Arte e Pintor, António Cardoso, entrou um conjunto de cartas e de catálogos relativos a exposições onde participou enquanto artista, organizador ou colecionador, assim como dois fascículos, da década de 1950, das Publicações de Arte Contemporânea. Novos elementos que permitem documentar não só o seu trabalho, mas toda a rede de relações que, desde cedo, estabeleceu com artistas da sua geração, caso de Fernando Lanhas, Amândio Silva, Álvaro Siza ou Júlio Resende, entre muitos outros.
Se as anteriores doações chegaram pelas mãos dos respetivos filhos, outro foi o caminho percorrido pelos documentos relativos à obra de Ventura Terra, doados pelo seu sobrinho, Mário Rui Ramos. Trata-se de um conjunto de 56 fotografias de obras construídas que têm vindo a ser expostas, assim como uma fotografia de família, com Ventura Terra rodeado pela sua esposa Marie Louise, as suas sobrinhas, Eugénia, Ruth e Lúcia, e o seu muito acarinhado cão Açor, bem como uma cópia em tamanho original de um desenho académico em tela aguarelada, datado de 4 de novembro de 1890, apresentado a um Concours d´Émulation e assinado por "Terra, élève de MM. André et Laloux".
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O final de agosto e os primeiros dias de setembro, em matéria de livros, no Porto, são sempre dominados pela Feira do Livro, onde a Fundação Marques da Silva voltou a estar representada através de títulos editados com a sua chancela ou o com o seu apoio, do Pavilhão da Universidade do Porto, à Circo de Ideias, passando pelo Pavilhão das Edições Afrontamento.
Mas a 27 de julho houve uma novidade editorial a destacar no âmbito do projeto Novo / Antigo. Depois dos volumes dedicados a Fernando Távora, já na sua segunda edição, foi agora a vez de Escola do Porto. Obras. Igualmente sob coordenação de Teresa Cunha Ferreira e David Ordoñez, num formato bilingue, o livro editado pelas Edições Afrontamento e pela FAUP, com o apoio da Fundação Marques da Silva, apresenta vinte e duas obras por arquitetos formados na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), entre os quais Alcino Soutinho, Fernando Távora, José Carlos Loureiro, Alfredo Matos Ferreira, Bernardo José Ferrão, Francisco Barata Fernandes e Adalberto Dias, cujos arquivos profissionais se encontram nesta Fundação, enquadradas por textos críticos de autores nacionais e internacionais. Nele se expõem reflexões sobre o legado da Escola do Porto enquanto abordagem contemporânea de intervenção em preexistências aberta a novas sínteses e resignificações, em continuidade com a tradição.
Mas também a Biblioteca Corrente da Fundação Marques da Silva apresenta novos títulos disponíveis aos investigadores que a procuram, caso do livro referido, bem como do catálogo da exposição O que faz falta: 50 anos de arquitetura portuguesa em democracia, tanto na versão portuguesa quanto na versão em língua inglesa.
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