LOST CAUSES

Lançamento da Publicação e Abertura da Exposição
 21 de novembro '25 • 18h00 • Fundação Marques da Silva

O livro Lost Causes: Possibilidade e Política em Concursos de Habitação, com edição de João Manuel Miranda e Tiago Antero — e publicado pela editora Circo de Ideias — é o resultado de uma investigação do projecto Lost Causes, que tem como objectivo promover uma reflexão crítica sobre projectos não construídos e sobre concursos de arquitectura, a partir de múltiplas perspectivas. Lost Causes centra-se nos processos inerentes a estes domínios, projectos e concursos, desde dois eixos fundamentais: política e possibilidade.


A reflexão crítica presente neste livro conta com a participação de: aspa, Campos Costa Arquitetos, Conde Paradela, Cossement Cardoso, depA architects, Figueiredo+Pena, Leo Van Broeck, Luís Santiago Baptista, Josep Maria Borrell Bru, Marta Sequeira, Mesa Atelier, Nuno Reis Pereira, Pablo Pita Arquitectos, paula santos | arquitectura, ponto atelier e Pura.


Para além da dimensão reflexiva [patente na publicação] — que convoca novas referências e/ou novos raciocínios em cada contributo — a exposição Lost Causes: Possibilidade exibe mais de cinquenta materiais (cadernos, desenhos e maquetes) sobre diversas causas, funcionando como uma colecção de possibilidades. A colecção exposta, que materializa o pensamento e a experimentação arquitectónia, provém de doze ateliers que participaram em Concursos de Concepção promovidos por vários organismos públicos em Portugal, no âmbito do programa de Habitação. Mais do que um exercício de nostalgia ou lamento, trata-se da elaboração de um instrumento de análise crítica, de valorização dos profissionais e de construção de um pensamento político, cultural e laboral mais robusto. (ver+)

LOUREIRO 100
ARQUITECTURAS DE REPRESENTAÇÃO

 Até 21 de fevereiro de 2026 • Fundação Marques da Silva

Inaugurou no passado dia 8 de novembro, na Fundação Marques da Silva, a exposição LOUREIRO 100. ARQUITECTURAS DE REPRESENTAÇÃO. Após as palavras dos curadores, Luís Martinho Urbano e Joaquim Vieira de Magalhães, a apresentar as premissas daquela que é já a terceira exposição em torno da obra de arquitectura de José Carlos Loureiro, em ano de centenário de nascimento; depois do testemunho de Luís Loureiro, em representação da família, também ele arquitecto, numa partilha emotiva e sensível das memórias que guarda do seu avô, foi então possível percorrer o Palacete Lopes Martins, com as paredes das salas expositivas diluídas, à imagem de Christo, para realçar a beleza dos desenhos, das fotografias e das maquetas que aí se encontram. São 46 projetos, maioritariamente construídos e alguns concursos improcedentes, datados entre 1952 e 2010, complementados pelas máquinas fotográficas que o foram acompanhando, em visita às obras ou em viagem, e alguns dos livros de uma biblioteca que confirma o alinhamento de José Carlos Loureiro com o seu tempo. São ARQUITECTURAS DE REPRESENTAÇÂO, onde para além da funcionalidade estrita, interessa explorar a forma como a arquitectura é encenada, isto é, mais do que responderem a um determinado uso, os edifícios têm como desígnio representar as instituições públicas ou privadas perante a cidade, não se inibindo de experimentar uma monumentalidade contemporânea.
 

A exposição pode agora ser visitada até 21 de fevereiro do próximo ano, de segunda a sábado, entre as 14h e as 18h00. E está já agendada uma visita guiada pelo curadores logo em início de um novo ano, a 10 de janeiro.
 

LOUREIRO 100 é uma iniciativa conjunta da Fundação Marques da Silva, do Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende e da Câmara Municipal da Maia, com o apoio da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, Direcção Geral das Artes, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e Ordem dos Arquitectos. Inclui exposições, conferências, visitas e a publicação de um livro com a sua vasta obra.

FORA DE PORTAS

LOUREIRO 100. CASAS PARA TODOS
exposição, visitas guiadas
Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende

  

A exposição CASAS PARA TODOS, que  abriu ao público a 19 de outubro passado no Lugar do Desenho, é a segunda das três exposições propostas para assinalar o centenário de nascimento do arquiteto José Carlos Loureiro - LOUREIRO 100. Com curadoria de Luís Martinho Urbano e Joaquim Vieira de Magalhães, apresenta, num espaço desenhado pelo próprio José Carlos Loureiro, projetos destinados a habitação unifamiliar e coletiva, onde não poderia faltar o emblemático Parnaso. São obras que refletem diferentes escalas e materiais, distintos modos de habitar e variadas tipologias, que, em muitos casos, também procuram ‘fazer cidade’.
A mostra poderá agora ser visitada ate 24 de janeiro de 2026, mas a 13 de dezembro poderá participar numa visita guiada à Exposição e à Casa de José Carlos Loureiro. (ver+)

MARQUES DA SILVA: DA FORMAÇÃO À CRIAÇÃO
um percurso pela Ordem da Trindade
Experience Trindade (Porto)
                                     


Desde o passado dia 16 de outubro e até 28 de fevereiro de 2026, na Sala de Exposições Temporárias da Experience Trindade, no Porto, poderá visitar esta exposição onde se apresenta uma retrospetiva inédita sobre os primeiros 28 anos da vida e obra do arquiteto Marques da Silva, em particular a sua passagem pelo Lyceu da Trindade (1876-1882) e o projeto para a tribuna da Igreja da Santíssima Trindade. Uma oportunidade também para se refletir sobre  o universo educativo portuense de meados de oitocentos, sobre a "arte de bem construir" e sobre o contexto das encomendas dirigidas, no início de um novo século, a Marques da Silva e as soluções por ele propostas.
MARQUES DA SILVA: DA FORMAÇÃO À CRIAÇÃO tem curadoria de Catarina Fernandes e conta com o apoio da Fundação Marques da Silva. (ver+)

Aconteceu

1 de outubro
efeméride
DIA EUROPEU DAS FUNDAÇÕES E DOS DOADORES, um dia para celebrar a filantropia, os gestos que levaram à criação de Fundações que, na sua especificidade e vocação, têm por objetivo contribuir para o bem coletivo, para uma sociedade europeia mais informada, solidária e sustentável. A Fundação Marques da Silva, um exemplo vivo desta prática associou-se à efeméride através de um convite ao público para visitar as exposições que contam a sua história também: Marques da Silva: retrato de um arquitecto e O desenhar do caminho.

 

10 de outubro
prémio: anúncio dos vencedores 
PRÉMIO JOÃO DE ALMADA.  O atelier menos é mais, de Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos, pela recuperação do edifício projetado por Marques da Silva para a seguradora A Nacional, ex aequo com o arquiteto Nuno Valentim, pela recuperação do Palacete Monte da Luz, foram os vencedores da 21.ª edição deste Prémio, na categoria "edifícios residenciais".

 

11 de outubro
conferência
DA PAISAGEM À ARQUITECTURA | O CAMINHO DE FERNANDO TÁVORA EM 1960 NO JAPÃO. Ana Tostões apresentou, na Fundação Oriente, uma primeira síntese do que resulta da viagem que fez ao Japão, com o objectivo de analisar o diálogo entre a arquitetura japonesa e a portuguesa a partir do Diário da Viagem, escrito e desenhado por Fernando Távora, em maio de 1960. Uma iniciativa apoiada pela Fundação Marques da Silva. 

 

17 de outubro
sessão de cinema
LEWERENTZ DIVINE DARKNESS, documentário de Sven Blume, foi exibido na Fundação Marques da Silva, acompanhado de uma conversa com o realizador, moderada por José Fernando Gonçalves e Luís Martinho Urbano. A lotação esgotou e, para responder aos muitos que então não puderam assistir, voltou a ser projetado no dia seguinte.

 

19 de outubro
encontro
DIA DO VIZINHO. Centrada na Biblioteca Popular Pedro Ivo, a 12.ª edição desta inciativa do Museu e Bibliotecas do Porto passou pela Fundação Marques da Silva. Foi possível visitar a exposição permanente e acompanhar a arquiteta Domingas Vasconcelos numa viagem pelas casas-sede da Fundação, pelos percursos de Marques da Silva e Bernardino Basto Fabião, pela história da Praça do Marquês. 

 

19 e 20 de outubro
visita e conferência
VIAGEM PELOS LUGARES DE ILÍDIO, em Celorico de BastoA PAISAGEM DE ONTEM E DE HOJE, na Galeria da Biodiversidade.  Foram dois momentos do programa de comemoração do centenário do nascimento deste engenheiro agrónomo que se tornou uma figura de referência do ordenamento paisagístico e na história da arte dos jardins em Portugal. O programa, que integra ainda uma exposição itinerante com curadoria de Teresa Portela Marques e Teresa Andresen, é uma iniciativa do Observatório da Paisagem da FCUP, desenvolvida em parceria com a Associação dos Arquitetos Paisagistas e a Associação Portuguesa de Jardins Históricos, e conta com o apoio da Fundação Marques da Silva.

 

20 de outubro
prémio: anúncio do vencedor
PRÉMIO FERNANDO TÁVORA. O vencedor da 21.ª edição deste Prémio foi Rafael Sousa Santos, com  a proposta "Arquitetura da Pequena Pesca", que tem como tem como objetivo "documentar e valorizar a dimensão arquitetónica e espacial das comunidades piscatórias de pequena escala ao longo da costa portuguesa".

23 de outubro
conversa
LOST CAUSES: CONCURSO POLÍTICA. Aquela que foi a 6.ª e última conversa do projeto Lost Causes trouxe à Fundação Marques da Silva, Pedro Campos Costa (Campos Costa Arquitetos), o moderador, e os arquitetos António Benjamin Costa Pereira (Presidente do Conselho Diretivo do IHRU), Margarida Quintã (estúdio ursa) e Pedro Baganha (Vereador do Urbanismo na CMP). 

 

25 de outubro
encerramento da exposição
IMPASSE. TRÊS VIAGENS. Mostra presente no CAAA, em Guimarães, proposta e organizada pelo Núcleo Impasse — Carlos Fraga, Manuel Carvalho, Maria João Latas, Bruno Quelhas, Nicola D’Addario e Ana Duarte. Nela se fez um regresso crítico ao território do Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal e ao livro publicado em 1961, mais propriamente às fronteiras definidas para a Zona II (Trás-os-Montes e Alto Douro, equipa formada por Octávio Lixa Filgueiras; Carlos Carvalho Dias e Arnaldo Araújo), elegendo como caso de estudo as aldeias de Montes (Campeã, Vila Real) e Santo André (Barroso, Montalegre). O projeto contou com o apoio da Fundação Marques da Silva. 

 

25 de outubro
workshop
DÍÁLOGOS SOBRE O LUSO: MEMÓRIAS DO CONJUNTO. Dirigido aos moradores do Luso, foi o primeiro de três workshops promovidos no âmbito do projeto de investigação WellBEH Well-Balanced Energy Housing Reasoning Method towards interventions crossing Heritage, Efficiency and Comfort, coordenado por Luciana Rocha e Rui Póvoas.

 

28 a 31 de outubro
residência artística / palestra / oficina
FRONTSPIECE PRACTICES, com Mario Matokovic. Entre Visconde de Setúbal e a o Palacete Lopes Martins, na Fundação Marques da Silva, este artista visual croata falou da sua prática artística, socialmente empenhada, e da experimentação técnica na gravura não tóxica que tem vindo a desenvolver. Este foi também o primeiro momento de ativação de um projeto expositivo que terá lugar na Fundação Marques da Silva, em 2026, com curadoria de Graciela Machado.

 

2 de novembro
encerramento da exposição
LOUREIRO 100. CAUSA PÚBLICA. Encerrou ao público, no Fórum da Maia, aquele que foi o primeiro projeto expositivo do programa LOUREIRO 100. Houve oficinas para famílias, visitas guiadas e o lançamento do catálogo com a reprodução de conteúdos expostos. Este projeto integrou igualmente a edição 2025 do Mês da Arquitectura da Maia. 

 

4 de novembro
apresentação de livro
NUNO PORTAS | PEDRO VIEIRA DE ALMEIDA: TEORIA E DESENHO DA ARQUITECTURA EM PORTUGAL, 1956-1974, de Tiago Lopes Dias, publicado pela Fundação Marques da Silva em parceria com as Edições Afrontamento.  O livro foi apresentado na Livraria A+A, em Lisboa, numa sessão que reuniu, para além do autor, Gonçalo Burne, Helena Roseta e Jorge Mealha. 

 

6 de novembro
conversa
MARQUES DA SILVA, DA FORMAÇÃO À CRIAÇÃO: UM PERCURSO PELA ORDEM DA TRINDADE. No contexto desta exposição temporária, patente ao público no espaço Experience Trindade, realizou-se uma conversa que contou com a participação de Fátima Vieira (Presidente da Fundação Marques da Silva), Noé Diniz (arquiteto) e Catarina Fernandes (curadora da exposição), com moderação de Pedro Saavedra, Provedor da Celestial Ordem Terceira da Santíssima Trindade. 

ANIVERSÁRIOS NOVEMBRO '25

(destaques que podem ser lidos no Site e na página de Facebook)

6 de novembro | Alcino Soutinho: notas sobre o passado, a pensar no futuro do Bairro da Maceda
 

8 de novembro | Rui Goes Ferreira: um Bloco Residencial, para Santa Luzia, no Funchal
 

12 de novembro | Francisco Barata Fernandes: a requalificação exemplar do Páteo de São Miguel

23 de novembro | Francisco Granja: o cine-teatro Vale Formoso e a promessa de um regresso
 

24 de novembro | Raúl Hestnes Ferreira: a Creche na Avenida dos Redondos, no Seixal 

MANUEL BOTELHO (1939-2025)
in memoriam

Tinha 85, quase 86 anos de uma vida que percorreu muitos caminhos, convergentes no culto de uma profunda reflexão filosófica e na entrega à Arquitetura.
 

Manuel Botelho nasceu em Vila de Rua, Moimenta da Beira, a 29 de dezembro de 1939. A formação eclesiástica inicial conduziu-o a Roma, mas foi lá, por sua vez, que se revelou a dimensão latente do arquiteto que virá a ser. Inscreveu-se na Facoltà di Architettura dell´Università degli Studi di Roma - La Sapienza e, anos mais tarde, em 1978, sob orientação de Ludovico Quaroni, com um projeto para a Universidade do Minho, obteve a Laurea cum Laude. Com ela fixou um novo rumo, um novo modo de ver o mundo. Tornou-se arquiteto de obra feita. No acervo doado à Fundação Marques da Silva estão documentados 67 projetos de arquitetura da sua autoria, datados sobretudo entre 1980 e 2009, onde se identificam alguns concursos, mas sobretudo obra construída, desde moradias a grandes equipamentos públicos, localizada no centro e norte do país. O  seu trabalho integrou várias exposições, com destaque para a Europália 1991 - Arquitectura Contemporânea Portuguesa, que decorreu em Bruxelas, tendo sido por diversas vezes distinguido: Prémio Nacional de Arquitectura Keil do Amaral (Primeiras Obras), em 1989, com a Casa Dr. Barroso Pires; várias menções honrosas; nomeação para o Prémio Mies van der Rohe 1994; finalista do Prémio Secil de Arquitectura 2002. 
 

E foi professor. Em cerca de 30 anos de prática docente, na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, onde veio a colaborar na equipa de redação do projeto dos estatutos e na equipa editorial da RA, congregou a admiração de várias gerações de estudantes, pelo seu jeito próprio de estar e de falar. Era discreto, elegante, culto. Na sua abordagem às matérias arquitetónicas, estavam sempre presentes inesgotáveis cruzamentos interdisciplinares e o recurso a outras linguagens, deixando entrever, em particular, o seu especial fascínio pela palavra poética. Foi convidado a lecionar no Pólo de Modena, extensão da Faculdade de Arquitectura de Milão, proferiu diversas conferências e participou em Seminários em Portugal, Espanha e Itália. Deixou obra escrita. É de sua autoria o texto seminal "A ética da estética, e a estética da ética”, publicado no número 0 da RA.
 

Entre 2022 e 2023, um conjunto de ex-alunos — António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia e Duarte Belo — reuniu-se para o homenagear, organizando exposições, encontros e conversas. O acervo foi então entregue à Fundação Marques da Silva e a Circo de Ideias publicou o livro Manuel Botelho: Obra e Projecto, 1980-2008. No texto inicial podemos ler "a obra de um arquiteto não termina quando, pela última vez, se fecha a porta do escritório". Para Manuel Botelho, que nos deixou a 29 de outubro, projetar era "estabelecer um diálogo com o tempo, um diálogo com o sítio, um diálogo com o mundo, um diálogo com o homem." Fica agora a obra, fica a memória de quem sempre procurou o diálogo, a forma despojada e a dimensão espiritual, do mundo e da arquitetura.

Praça do Marquês de Pombal, 30-44/
Rua Latino Coelho, 444, Porto Portugal

FUNDAÇÃO MARQUES DA SILVA

 Se pretender deixar de receber este tipo de divulgações, basta clicar aqui: Remover.