Antes de irmos todos fazer umas merecidas e retemperadoras férias e aproveitando a última edição da nossa Newsletter deste ano letivo de 2021-22, não queria deixar de saudar – desejando-lhes as maiores felicidades para os próximos 4 anos – os três Colegas que irão ter a incumbência de presidir aos conselhos colegiais dos Órgãos de Gestão da Faculdade.

Tencionando também eu candidatar-me, já no início de setembro, a mais um mandato como Diretor da FMUP, quero igualmente associar-me aos desideratos aqui e adiante expressos por eles, esperando poder não só ajudá-los a dar cumprimento aos seus próprios objetivos e expectativas como ainda vir a complementá-los com as tarefas e os objetivos específicos de um Conselho Executivo mais consolidado e mais experiente, mas não menos ambicioso.

Saudações académicas,
Altamiro da Costa Pereira
Diretor da FMUP

O Conselho de Representantes (CR) é o órgão de gestão que congrega todas as energias da FMUP, com os seus docentes, estudantes e técnicos eleitos pelos seus pares. As suas principais funções são a eleição do diretor da faculdade, a aprovação dos planos de atividades e orçamentos, a aprovação dos relatórios de contas e atividades e as revisões dos estatutos e dos regulamentos institucionais.

Neste momento, o presidente do CR depara-se com um CR que, ao fim de quase duas décadas de divisões sobre  o que deve ser a FMUP, voltou a unir os docentes numa só candidatura, para, com os estudantes e os técnicos,  ajudar a continuar a inverter um percurso de perda de vitalidade e autonomia da FMUP que, tendo durado perto de duas décadas - de progressão quase inexistente dos seus recursos humanos e de perda de instalações - ,teve nos últimos quatro anos uma crescente afirmação de autodeterminação no traçar dos caminhos que se esperam das escolas médicas, de ensino-aprendizagem, de ciência e de inovação em saúde.

Ou seja, pelo menos no meu entender, as principais responsabilidades do CR são manter a FMUP unida e revitalizada em torno da dinâmica, instituída no anterior mandato pelos órgãos de gestão, nomeadamente pelo seu diretor, porta-voz da vontade da FMUP, de não abdicar de cumprir com dignidade as funções que são atribuídas à FMUP pela sociedade, nomeadamente de desenvolvimento intelectual, empreendedorismo e formação profissional.

João Bernardes
Presidente do Conselho de Representantes

No mandato agora iniciado, o Conselho Científico (CC) conta com uma representação mais alargada dos vários Departamentos e Programas Doutorais, o que permite acalentar a expectativa de uma intervenção que vá ao encontro das necessidades das várias áreas da FMUP. Pretende-se que este importante Órgão de Gestão não restrinja a sua ação ao expediente e solicitações que lhe são remetidos, mas que adote uma postura proativa, que reflita e proponha medidas concretas dirigidas aos desafios que se avizinham e promova a afirmação da FMUP. Nesse sentido, serão criados grupos de trabalho e reflexão, alargados sempre que pertinente à comunidade académica. Promover-se-ão reuniões temáticas e procurar-se-á uma articulação estreita com os restantes Órgãos de Gestão. Desta forma, será possível prosseguir um caminho de excelência, sempre alicerçado na promoção do mérito.

Adelino Leite Moreira
Presidente do Conselho Científico

O Conselho Pedagógico (CP) é um órgão consultivo, cuja missão principal consiste na supervisão de todas as questões de âmbito pedagógico relativas ao funcionamento da FMUP. Para tal, é constituído por 5 representantes dos estudantes e 5 representantes dos professores e investigadores. Esta composição paritária do CP é instrumental no acompanhamento dos diferentes ciclos de estudo da FMUP, conferindo igualmente uma especial sensibilidade (e responsabilidade!) na identificação e promoção das áreas mais dinâmicas e emergentes do ensino pré- e pós-graduado. Neste contexto, o CP pode representar um contributo relevante para a visão estratégica da FMUP, num tempo exigente ainda marcado pelo contexto pandémico, em que o ensino à distância e a simulação biomédica conheceram uma importância crescente e em que o desenvolvimento profissional para lá da carreira clínica e académica (e.g. gestão em saúde, saúde digital) poderá ser decisivo para a melhoria da administração dos sistemas de saúde.

Roberto Roncon de Albuquerque
Presidente do Conselho Pedagógico

Perante uma Aula Magna repleta de novos médicos e académicos, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) celebrou, na passada sexta-feira, a formação médica e a investigação em saúde dos seus mais de 400 novos graduados.

Num gesto emblemático da sua pertença à academia e do seu compromisso com a sociedade, o Dia da Graduação (ver aqui) comemorou a produção académica e científica da FMUP, ao longo do último ano, numa das instituições que “há mais tempo e com melhor qualidade tem servido o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e o país”.

Nos tradicionais discursos que acompanham a cerimónia, o diretor da FMUP dirigiu uma palavra de esperança, resiliência e resistência a todos os novos médicos e académicos, incentivando-os a continuar a ajudar a Faculdade a melhorar no futuro. “Deixam-nos muito orgulhosos todos os 267 novos Mestres em Medicina, os 86 novos Mestres, os 53 novos Doutores e os 5 Doutores que concluíram com êxito as suas Provas de Agregação”, enumerou Altamiro da Costa Pereira, que endereçou depois um especial reconhecimento ao corpo docente da FMUP.

Desvendando a existência de planos futuros para a expansão das instalações da FMUP, José Castro Lopes ressalvou que “o sucesso académico dos novos graduados é também o sucesso da própria Faculdade na sua missão de transmitir conhecimento, de desenvolver competências e produzir saber”. O Vice-reitor da U.Porto não deixou de recordar que um diploma da FMUP “é uma garantia de preparação técnica, profissional e também humanística, capacidade de aplicação de conhecimentos e de especialização cientifica.”

Já José Estevão Costa, Coordenador dos Hospitais Afiliados da FMUP, lembrou a importância dos protocolos assinados com mais de duas dezenas de instituições de saúde, públicas e privadas, pois “os hospitais afiliados são uma parte imprescindível do sistema integrado de que a Faculdade dispõe para o ensino clínico, mas também para a realização de atividades conducentes às várias graduações aqui celebradas”.

A excelência do ensino e da ciência produzida pela FMUP foram uma das notas de destaque na intervenção de Inês Falcão Pires, salientando a posição ocupada pela Faculdade “entre as melhores instituições de ensino e investigação no país”. A Vice-presidente do Conselho de Representantes deixou o desejo de que Portugal “não deixe escapar aqueles que com tanto empenho e gosto educamos para serem médicos, investigadores e docentes de grande qualidade”.

Referindo-se à medalha entregue aos graduados, Margarida Albuquerque afirmou que reflete os anos de dedicação a esta casa e a “inerente mestria e competências que conquistaram com excelência”. No caso dos Mestres em medicina, a presidente da AEFMUP aludiu ao simbolismo que representa “o valor do conhecimento, o imensurável valor da vida humana e a riqueza do humanismo médico que na FMUP aprimoraram e com o qual agora diagnosticam, cuidam e tratam”.

Além dos nomes já mencionados, a cerimónia contou ainda com as intervenções de Francisco Cruz, Dulce Madeira, Rui Nunes, Henrique Almeida, Leonor David, Carla Lopes, Adelino Leite Moreira, Roberto Roncon de Albuquerque, João Fonseca, Carmen Lisboa e Rui Manuel Silva.

As Tunas Feminina e Masculina de Medicina, bem como a Ópera na Academia e na Cidade (Rómulo Assis, Pedro Soares, Catarina Gonçalves e Nuno Ferreira), estiveram responsáveis pelo interlúdio musical do evento.

- O Viral Check ouviu os professores da FMUP Rosa Vilares e Alberto Mota com o intuito de esclarecer dois temas relacionados com a alimentação e a temperatura, respetivamente.

- Ana Zão, médica formada na FMUP e estudante de doutoramento, foi convidada do programa “Há Conversa”, emitido na Antena 1, sobre a relação entre a medicina e as artes.

- Ana Sá e Sousa, investigadora da FMUP, falou à Lusa sobre a criação da rede para responder às necessidades de pessoas com doença respiratória.

- Ao Polígrafo, João Carlos Winck, professor da FMUP, partilhou algumas dicas para garantir uma boa circulação de ar no interior de um automóvel.

- Uma equipa encabeçada por Hugo Teixeira, investigador da FMUP, concluiu que a região Centro tem a mais alta taxa de internamentos por infeção hospitalar. O tema foi destaque no Jornal de Notícias.

- Acácio Rodrigues, professor da FMUP, foi um dos autores da investigação que dá conta de um novo método de desinfeção que pode reduzir infeções hospitalares. Para ler no Diário de Notícias.