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Nº #35  Abr 2023
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
Pela promoção de um círculo virtuoso

O desejável círculo virtuoso da sustentabilidade financeira só é possível com a colaboração e sentido de responsabilidade de Todos os membros da FMUP, sejam eles estudantes, docentes, investigadores, técnicos e outros colaboradores. A FMUP tem vindo a prosseguir, com grande esforço de Todos, um vasto conjunto de atividades nos mais diversos domínios, visando colocar a FMUP numa posição de liderança no panorama do ensino superior nacional e internacional, na educação médica e investigação na saúde.


A valorização das Pessoas é uma das mais prementes prioridades deste Conselho Executivo e, nesse sentido, temos tomado uma série de medidas sem precedente, como a abertura de vagas e concursos para provimento e promoção na carreira docente; regularização de vínculos; aumento sustentado de investigadores integrados e melhoria da situação profissional dos técnicos. Temos também vindo a prosseguir o esforço programático de valorização do património de recursos de apoio à melhoria das condições tecnológicas e científicas, dotando os departamentos e unidades de investigação com os meios necessários ao alcance de maiores níveis de competitividade pedagógica e científica.


De referir que, no quadriénio do nosso primeiro mandato, aumentámos a autonomia financeira da FMUP, sendo que em 2022 os rendimentos provenientes de receitas próprias e projetos de investigação foram já superiores ao Orçamento de Estado (OE) que corresponde apenas a 49% do rendimento total anual da FMUP. Acresce que as verbas OE cobrem apenas 3/4 dos gastos com pessoal. Por outro lado, refira-se que existem marcados desequilíbrios nos diferentes departamentos da FMUP relativamente à sua relação entre os rendimentos gerados (receitas próprias e projetos de investigação) e os seus gastos globais, havendo departamentos que necessitam de melhorar significativamente esta relação.

 

Novas soluções de financiamento


A FMUP necessita de prosseguir e reforçar o desenvolvimento de novas soluções de financiamento e sustentabilidade.


Começando pelo seu pilar principal, educação e formação, a FMUP, apesar de ter crescido nos últimos anos, terá de aumentar estas receitas próprias através do aumento da sua oferta formativa nos cursos de mestrado e de doutoramento, bem como nos cursos não conferentes de grau. Registámos aqui um aumento de 22% no último quadriénio, mas temos ainda larga margem de progressão. Este aumento pode ser conseguido através de várias medidas como, por exemplo, a criação de novos cursos, bem como a sua internacionalização.


Relativamente às receitas provenientes da investigação, a FMUP tem estado relativamente estagnada nos últimos anos e terá que, obrigatoriamente, aumentar a sua capacidade de angariar projetos financiados. Tal pode ser conseguido através de várias medidas como, por exemplo, uma maior internacionalização da investigação e do intercâmbio científico, potenciando sinergias em redes de excelência, ou o aumento do número de projetos associados a hospitais e à indústria farmacêutica, digital, biotecnológica, etc. As atividades de I&D+i serão, em princípio, uma área na qual a FMUP tem maior margem de progressão e, por isso, devemos fazer aí um esforço suplementar. A título de comparação, refira-se que a FEUP obteve, em 2022, um financiamento I&D+i cerca de 5 vezes superior ao da FMUP.


Outro pilar fundamental é a Prestação de Serviços, que a FMUP tem desenvolvido claramente no último quadriénio (+125%), mas que ainda assim tem enorme margem de progressão. Entre as várias medidas, a FMUP deve apostar no aumento das prestações de serviço nos domínios laboratoriais, clínicos, consultadoria e educação. Deve apostar também no aumento de serviços especializados, como os prestados pelos Núcleos de Recursos Laboratoriais e de Recursos Animais.


Existem também outras medidas que devem ser desenvolvidas, tais como a obtenção de contrapartidas no apoio a empresas spin-off e empresas em estrita articulação com a FMUP em áreas ligadas à saúde; angariar mais donativos no âmbito de mecenato; entre outras.


Mais eficiência


Por outro lado, devemos ter uma maior sensibilização para os gastos com pessoal, gastos com energia, planeamento das compras, bem como nos processos gerais de aquisições e gastos, de forma a aumentar a efetividade e eficiência em todos os processos.


A promoção de um círculo virtuoso de sustentabilidade financeira é um passo indispensável nos modelos de intervenção a desenvolver e na escolha dos meios necessários e das melhores soluções para potenciar as capacidades pedagógicas, científicas e técnicas da FMUP, permitindo assim libertar mais fundos para novos projetos e investimentos em benefício de Todos.


Armando Cardoso
Vogal do Conselho Executivo da FMUP



 
 
 
 
FMUP RELACIONA CANCRO DA PRÓSTATA COM DESREGULAÇÃO DA MICROBIOTA
Uma desregulação da microbiota genital e urinária poderá estar associada ao desenvolvimento de cancro da próstata, o tipo de cancro mais diagnosticado em homens a partir dos 50 anos de idade.

Um grupo de investigadores da FMUP realizou um estudo que não só vem sustentar esta associação entre o tipo de bactérias existentes e a presença de cancro na próstata, como vem também sugerir potenciais biomarcadores e novos alvos terapêuticos. “A comunidade de bactérias encontradas na urina dos pacientes é claramente diferente das bactérias analisadas na urina dos homens sem a doença”, acrescenta Carmen Lisboa.


 
 
METADE DOS FARMACÊUTICOS NUNCA NOTIFICOU REAÇÕES ADVERSAS
Um estudo liderado por investigadores da FMUP concluiu que mais de metade dos farmacêuticos comunitários não tem o hábito de notificar reações adversas a medicamentos (RAM) e que cerca de metade nunca reportou uma suspeita.

Os dados revelaram que 53% dos inquiridos nunca reportou uma suspeita de RAM e que apenas 42% tem o hábito de notificar estes casos com regularidade. Contudo, os resultados indicaram também que mais de metade dos farmacêuticos que já notificaram (64%) revelaram não ter dificuldades no processo.


 
 
 
INVESTIGADORES CRIAM DISPOSITIVO PARA COMBATER DOENÇAS NEUROLÓGICAS

Um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) desenvolveu um novo dispositivo que é capaz de detetar, de forma precisa, concentrações mínimas de dopamina em amostras biológicas de baixo volume.


Este novo biossensor permitirá o desenvolvimento de novos meios de diagnóstico precoce e de monitorização clínica em algumas doenças neurológicas como Parkinson ou Alzheimer.


De acordo com os investigadores Luís Jacinto e Patrícia Monteiro, “embora vários fatores possam causar distúrbios neurológicos, um elo em comum é o mau funcionamento na comunicação química entre os neurónios através de um grupo de moléculas designadas neurotransmissores”.


A medição de concentrações de dopamina no cérebro e em amostras biológicas é “de grande importância para o desenvolvimento de novos meios de diagnóstico e de terapêutica em algumas doenças do foro neurológico”, explicam os cientistas da FMUP responsáveis pelo projeto NeuralGRAB.


“Alterações anormais nos níveis do neurotransmissor dopamina, que desempenha um papel essencial no cérebro humano, como a função motora e a memória, podem ter consequências graves e levar a distúrbios cerebrais como Parkinson ou Alzheimer”, descrevem os dois investigadores.


A sensibilidade recorde do novo biossensor – baseada em transístores de grafeno – será igualmente essencial para a delineação de novas técnicas de monitorização do fluxo de dopamina em modelos pré-clínicos de investigação académica e farmacêutica.


Além da FMUP, o desenvolvimento e validação deste novo dispositivo contou com a colaboração do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) e do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho.


O projeto envolveu uma equipa multidisciplinar de especialistas em Neurociências, Biologia Molecular, Física e Engenharia Física, Engenharia Biomédica, Engenharia dos Materiais e Medicina, tendo sido recentemente divulgado no Journal of Nanobiotechnology, uma das mais conceituadas revistas de nanotecnologia aplicada à biomedicina.


Financiado em um milhão de euros pela Fundação La Caixa, o NeuralGRAB visa o desenvolvimento de uma nova plataforma bioeletrónica capaz de medir vários neurotransmissores envolvidos em doenças neurológicas, como a dopamina e a serotonina.


O projeto contou ainda com a participação do Centro de Astrobiologia do Conselho Superior de Investigações Científicas (CAB-INTA, CSIC) em Madrid.



 
 
 
 
FMUP debateu o futuro da saúde em Portugal


 
 
PROFESSORA DA FMUP DISTINGUIDA NA ÁREA DA MEDICINA PERINATAL


 
 
ESTUDANTES DA FMUP DISTINGUIDOS NO DIA DA UNIVERSIDADE


 
 
Estudantes da FMUP discutem futuro da formação em saúde


 
 
FMUP NOS MEDIA

- A FMUP está a liderar um projeto que tem como objetivo ajudar socorristas a salvar mais vidas. A reportagem é da SIC.


- Guilhermina Rego, Ana Luísa Neves e Inês Falcão Pires, professoras da FMUP, foram três das mulheres entrevistadas pelo Expresso no âmbito do projeto “50 mulheres, 50 ideias para a Saúde”.


- O professor da FMUP Manuel Gutierres foi convidado do Porto Canal para falar sobre o congresso “MedSport Cross Talks”, que irá juntar a Faculdade de Medicina ao Futebol Clube do Porto e ao Centro Clínico Universitário D. Pedro V.


- A SIC ouviu o investigador Nuno Vale a propósito de um nova droga, misturada com uma substância cancerígena, que estará a circular na cidade do Porto.


- Rui Nunes e Luís Jacinto, respetivamente, professor e investigador da FMUP, participaram no Sociedade Civil, da RTP2, num programa dedicado ao tema da tecnologia no cérebro.


- O Expresso dá conta do aumento de novos estudantes a frequentar cursos de epidemiologia e saúde pública como resultado da visibilidade trazida pela pandemia.


- A investigadora Andrea Gomes esteve num noticiário da RTP para falar sobre o estudo que concluiu que as células estaminais do cordão umbilical podem reduzir a progressão do cancro da próstata.


- Entrevistados pelo Viral, os médicos e professores Davide Carvalho, Paulo Santos e Ricardo Gusmão prestaram esclarecimentos em três notícias de verificações de factos relacionados com temas de saúde.



 
 
 
 
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