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Nº #49  Jul 2024
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
EM FAVOR DA EXCELÊNCIA NA PRÁTICA MÉDICA:
NECESSIDADE DE REFUNDAR A COOPERAÇÃO CLÍNICO-ACADÉMICA

O atingimento da excelência na prática da Medicina assenta na agregação de quatro elos fundamentais: 1) qualidade e acessibilidade a nível clínico e assistencial; 2) formação médica (pré e pós-graduada, mas também formação médica contínua complementada com a permanente transmissão do conhecimento ao próximo); 3) investigação clínica e de translação; 4) inovação, seja nas técnicas de diagnóstico e de tratamento, seja nos processos clínicos assistenciais.


Estes quatro elos são elos de uma mesma cadeia, a cadeia que garante a qualidade dos serviços clínicos, a satisfação dos doentes e a retenção dos profissionais. Porém, a integridade desta cadeia pode ser frágil, porquanto relaxem das suas responsabilidades os atores que lhe podem assegurar a consistência: as instituições de saúde, as instituições académicas, os decisores políticos e os profissionais de saúde. 


A meu ver, por motivos e decisões várias, nem sempre as mais felizes, é isso que tem vindo a acontecer nos últimos anos, designadamente por via de uma visível diminuição da cooperação entre os serviços clínicos e as instituições académicas, nomeadamente das Faculdades de Medicina. Estas têm no seu âmago não apenas a formação médica. São elas, também, um alicerce essencial na potenciação da investigação clínica e translacional e, pela sua própria essência, uma das principais fontes de inovação. No essencial, contribuem de forma decisiva para o atingimento da excelência na qualidade e acessibilidade clínica e assistencial.


Esta evolução deletéria exige, por isso, uma reflexão séria, aturada, abrangente e interinstitucional sobre formas de refundar a cooperação entre a Academia e as Instituições de Saúde. 


Às Instituições de Saúde exige-se uma reorientação dos objetivos estratégicos da atividade clínica, não mais apenas baseados no aumento cego de indicadores quantitativos de produção, antes os ponderando com indicadores de qualidade e de excelência dos resultados. O que, sem dúvida, será potenciado e graduado pela intensidade da cooperação académica.


Às Instituições Académicas exige-se uma visão menos autocentrada, uma maior abertura à cooperação com os clínicos e uma maior flexibilidade e desburocratização de processos.


A cada um dos profissionais exige-se uma maior sensibilização para o reconhecimento de que a excelência da prática da Medicina apenas é alcançável com trabalho multidisciplinar e de cooperação clínico-académica.


Por fim, aos decisores políticos exige-se, primeiro, uma grande capacidade de ouvir e refletir, e depois, uma grande capacidade de ação, promovendo a revisão da carreira médico-académica, o ajustamento dos modelos de financiamento e, enfim, uma aposta estratégica na formação, investigação e inovação em Medicina.


E a todos nós, enquanto cidadãos, cabe-nos exigir o direito inalienável ao usufruto da excelência na prática da Medicina, em todas suas várias dimensões: preventiva, diagnóstica, terapêutica ou paliativa.


Urge, por isso, uma refundação da cooperação clínico-académica em Portugal!


Ricardo Fontes Carvalho
Professor Catedrático Convidado, FMUP
Diretor do Serviço de Cardiologia, ULS de Gaia e Espinho
Investigador, RISE-Health



 
 
 
 
FMUP CELEBROU SUCESSO DOS NOVOS GRADUADOS em dia de festa

A Aula Magna da FMUP encheu-se para festejar o Dia da Graduação, um marco na vida dos estudantes que completaram a sua formação académica no ano de 2023.


Foi uma cerimónia concebida para louvar os 269 novos mestres em Medicina, 115 novos mestres de 15 programas de mestrado, 67 novos doutorados de 13 programas doutorais e 7 novos agregados, mas também para distinguir o mérito dos que apresentaram as melhores dissertações, a melhor tese e a melhor prova de agregação.


“Júbilo” foi a palavra usada pelo diretor da FMUP para traduzir o que sentia neste Dia da Graduação, que teve, pela primeira vez, representantes dos vários cursos. Altamiro da Costa Pereira chamou, contudo, a atenção para o papel dos cursos não conferentes de grau, assumindo um desígnio: “A FMUP tem de ser cada vez mais uma Faculdade de pós-graduação e de formação ao longo da vida”.



 
 
CEMGFA recebe o diretor da FMUP, em audiência

O Diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, foi recebido no passado dia 26 de julho em Lisboa, pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, General José Nunes da Fonseca.


O encontro institucional teve como objetivo promover o aprofundamento das relações institucionais da FMUP com o HFAR-PP – Centro Clínico Universitário D. Pedro V, designadamente no âmbito do desenvolvimento das áreas da Simulação, Imagem Médica, Neurociências e Telemedicina.


Estiveram também presentes o Vice-Almirante Nobre de Sousa (2º Comandante Operacional), Tenente-General Pinheiro de Freitas (Chefe do Estado-Maior Conjunto), Major-General André Batista (Diretor de Saúde Militar), Comodoro Francisco Gamito Guerreiro (Diretor do Hospital das Forças Armadas), Brigadeiro-General Viegas Nunes (Chefe de Gabinete do CEMGFA), Coronel Tirocinado Cabral Gomes (Assessor do CEMGFA).



 
 
 
Ministro da Educação, Ciência e Inovação e Ministra da Saúde na FMUP

O Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, estiveram no dia 29 de julho na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), a fim de participarem numa importante e histórica reunião promovida pelo Conselho das Escolas Médicas Portuguesas (CEMP).


A reunião, que contou ainda com a presença da Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, teve como principal objetivo promover a articulação, nos domínios do ensino médico, da investigação e da inovação em Saúde, entre os Ministérios da Educação, Ciência e Inovação e da Saúde, uma vez que “os dois, em conjunto com as Escolas Médicas Portuguesas, são o garante de um ensino médico de qualidade e, em consequência, de um SNS de excelência na prestação de cuidados”, de acordo com o convite remetido pelo CEMP aos membros do Governo.


Entre os pontos debatidos entre os dois Ministros e os diretores das oito Escolas Médicas Públicas que compõem o CEMP, destacaram-se temas como o da criação da carreira de docente-clínico, a internacionalização do ensino médico, o acesso dos estudantes de Medicina aos registos clínicos eletrónicos, o reconhecimento específico de grau, a situação dos estudantes refugiados da Ucrânia, o Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior e o número de vagas de Medicina, bem como o papel das ULS e/ou Hospitais Universitários com ensino clínico de Medicina.


Note-se que já há alguns meses que o CEMP pedia a revisão da atual legislação das “ULS universitárias”, pois torna-se “fundamental garantir uma melhor articulação entre as escolas médicas e os respetivos hospitais e centros de saúde associados, com ensino universitário”.


O subfinanciamento das Escolas Médicas Portuguesas foi outro dos temas que esteve em cima da mesa, tendo sido abordadas diversas propostas nesse âmbito.


Também as muito relevantes questões dos registos dos patrimónios imobiliários das Faculdades de Medicina, designadamente o da Universidade do Porto e o da Universidade de Lisboa – que, desde 2012, têm tardado em ser resolvidas – foram apresentadas aos Ministros durante a reunião.


De facto, todos os 9 pontos da Agenda agora debatida com os Ministros correspondem a preocupações comuns a todos os diretores das Escolas Médicas Portuguesas que continuam a aguardar a tomada de medidas concretas, de modo a assegurar a sustentabilidade e a qualidade do ensino médico em Portugal.


A reunião terminou num clima muito positivo, tendo, na opinião do diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, e da presidente do CEMP, Helena Canhão, sido considerada um sucesso.



 
 
 
 
FMUP RECEBEU 1.ª REUNIÃO RISE-HEALTH


 
 
FMUP É CAMPEÃ INTERNACIONAL DE SIMULAÇÃO CLÍNICA


 
 
SAL EM EXCESSO PODE CONTRIBUIR PARA DISFUNÇÃO CEREBRAL


 
 
FMUP TEM DOIS NOVOS AGREGADOS


 
 
FMUP NOS MEDIA

- À TVI, o diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, abordou o número de vagas para os cursos de medicina em Portugal.


- Os professores e investigadores Fernando Schmitt e Ricardo Dinis Oliveira falaram ao Expresso sobre a classificação do talco como “provavelmente cancerígeno”.


- "É fundamental que os lares sejam o fim de linha" é o título da peça do Jornal de Notícias, que conta com as declarações de Lia Fernandes, diretora do departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental.


- A professora da FMUP Elsa Azevedo alertou para os perigos do consumo excessivo de sal no cérebro. A reportagem está disponível no site da TVI.


- Joana Ferreira Gomes e Tiago Taveira-Gomes foram entrevistados para o programa “90 Segundos de Ciência”, transmitido na Antena 1.


- A Agência Lusa deu conta de dois estudos desenvolvidos na FMUP sobre comportamentos agressivos em crianças com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) e a adoção do rastreio do cancro do estômago com endoscopia digestiva associada à colonoscopia a cada cinco anos.


- No âmbito do Dia Internacional do Pânico, o professor e investigador Miguel Ricou abordou as técnicas e estratégias que podem ser usadas para diminuir os sintomas, numa notícia publicada pelo Expresso.


- Um estudo da FMUP alertou para os perigos das injeções de preenchimento. A reportagem é da RTP e conta com as explicações dos autores Marisa Marques, António Sousa Barros e Inês Sousa.


- Ao Público, o professor da FMUP Alberto Barros prestou alguns esclarecimentos sobre a procriação medicamente assistida.



 
 
 
 
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