Numa altura em que se avizinha a entrada de um novo ano, é o momento de refletir nas conquistas e nos feitos que merecem ser celebrados e traçar as prioridades e as expetativas para 2025. É também um momento de celebração do final de mais um semestre.

A cada ano novo surge uma página em branco, uma página de um percurso individual, mas que se vai traçando lado a lado com amigos e colegas que partilham esta aventura que é estudar na FMUP. A vivência destes anos de estudante pode e deve ser complementada com outras atividades: seja na prática desportiva, na investigação ou no voluntariado, a oferta é quase ilimitada; desde a vivência da tradição académica ao teatro universitário, cada um pode marcar o seu percurso com aquilo de que mais gosta. Delinear objetivos é, por isso, essencial. Estabelecer prioridades e abraçar novos desafios é o mote para a entrada em 2025.

A formação de profissionais de excelência é um dos selos distintivos da FMUP e o próximo ano deve ser um ano de reflexão e de transição, caminhando na direção da melhoria contínua. A história, como sabemos, tem sido memorável e poder fazer parte do "selo 200 anos FMUP" é inigualável. Viver este bicentenário traz consigo o peso de recordar todas as conquistas feitas por estudantes e docentes que a cada ano foram moldando a Faculdade àquilo que vemos hoje. Desde a sua criação, muitos foram os que se formaram na FMUP e que mais tarde se tornaram docentes, investigadores e líderes desta e de tantas outras casas, dando o seu contributo de diferentes perspetivas. 

É também importante tecer reflexões para os próximos 200 anos, para que caminhemos a par e passo com a Inovação pedagógica e tecnológica. Para os que veem o seu percurso cada vez mais perto do fim, a reflexão no futuro da carreira médica é premente, e só pensando nas dificuldades da entrada no mundo do trabalho é que conseguimos propor soluções. Para quem ainda agora entrou e vê um caminho, que parece longo, pela frente, a discussão daquilo que é e do que deve ser o Ensino Médico, nesta que é uma das melhores escolas médicas do país, deve estar na ordem do dia.

Nesta quadra Natalícia que se aproxima, fica o desejo de comemorar mais um semestre passado, junto dos amigos e da família. Para quem estudar na FMUP implicou a mudança para a cidade do Porto, que possam voltar a casa e sentir a magia do Natal junto das pessoas que mais gostam. Com a entrada em 2025, o desafio é aceitar o convite e ser diferente, fazer parte deste bicentenário, contribuindo para que os próximos 200 anos possam ser ainda melhores.

Inês Sousa
Presidente da AEFMUP

É uma das óperas mais conhecidas do compositor italiano Gaetano Donizetti e foi levada à cena no Auditório da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), naquela que já é uma tradição do concerto de Natal.

Pelo quarto ano consecutivo, a FMUP voltou a trazer a ópera para celebrar o Natal de uma forma especial com a comunidade académica. Este concerto deu continuidade à parceria com a Ópera na Academia e na Cidade (OAC), que, através de vários eventos musicais e da nova Unidade Curricular Medicina e Música – Para Além da Arte, tem permitido aliar a Medicina à Cultura e à Arte.

Recorde-se que o Natal na FMUP já serviu de cenário à visitação de óperas de compositores de renome, como “A Flauta Mágica”, “O Barbeiro de Sevilha” e “As Bodas de Fígaro”. Desta vez, a viagem fez-se ao universo operático de Gaetano Donizetti, para a Visitação à Ópera “Don Pasquale”.

Acredita-se que o compositor italiano tenha escrito esta peça em menos de dois meses, embora tenha circulado a lenda de que o teria feito em apenas 11 dias. “Don Pasquale” estreou a 3 de janeiro de 1843, no Théâtre-Italien de Paris, com grande êxito, sobre o libreto de Giovanni Ruffini, mas amplamente alterado por Donizetti.

Obra de destaque na ilustre linha da ópera cómica italiana, “Don Pasquale” foi uma das derradeiras criações de Donizetti, que, devido à sífilis, se viu privado da fala, da mobilidade e da razão nos seus últimos anos de vida, vindo a falecer em 1848.

A trama é intricada, mas desenrola-se recorrendo a apenas cinco personagens, todas com características clássicas deste género de ópera. Don Pasquale é um velho rico e solteiro que decide deserdar o seu sobrinho Ernesto através do casamento, por este estar enamorado de Norina, uma pobre viúva. Para o enganar, o seu amigo Dr. Malatesta engendra um casamento falso com Norina disfarçada. O matrimónio revela-se insustentável, levando Don Pasquale a desistir do casamento e a abençoar a união de Ernesto e Norina, aprendendo a aceitar a sua condição e a honrar o amor verdadeiro.

A interpretação esteve a cargo da orquestra, coro e solistas da Ópera na Academia e na Cidade, sob a direção musical do maestro José Ferreira Lobo. O espetáculo contou, ainda, com a participação ativa dos estudantes que frequentam a UC Medicina e Música – Para Além da Arte.

O espetáculo contou com a colaboração de José Eduardo Guimarães e José Carlos Areias, Professores Aposentados da FMUP, que proferiram uma breve alocução inicial.

Este concerto integrou o programa de comemorações do Bicentenário da FMUP.

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Álbum de fotografias

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- Emília Pinho, presidente cessante da AEFMUP, participou numa conferência organizada pelo jornal ECO. Para ler aqui.

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