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Nº 9  Jan 2021
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
FMUP DÁ FORMAÇÃO CERTIFICADA PELA AHA A FUTUROS MÉDICOS

Para que possam salvar vidas em qualquer parte do Mundo, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) vai oferecer aos seus estudantes de Medicina, a partir do próximo mês de março, uma formação certificada pela American Heart Association em suporte básico de vida. Reconhecida a nível internacional, esta certificação cumpre um protocolo rigoroso que é ensinado e executado de igual forma em todo o globo, seguindo os mais elevados padrões clínicos.


A execução correta e atempada das técnicas de suporte básico de vida é das mais importantes competências médicas. Por isso, sempre foram ensinadas aos estudantes de Medicina, desde cedo na sua formação. Mas “esta certificação internacional traz um valor acrescido para os futuros médicos e para seus futuros pacientes, constituindo uma garantia extra da qualidade da assistência prestada”, explica a intensivista e professora da FMUP Cristina Granja.


A obtenção do certificado obriga ao treino com simuladores e com um desfibrilhador automático externo, um equipamento que existe em diversos locais, como estádios e pavilhões desportivos, aeroportos, centros comerciais, hipermercados, bancos, aeronaves, casinos, e unidades hoteleiras, e cuja utilização adequada salva vidas.


“A desfibrilhação consiste na aplicação de uma corrente elétrica numa vítima em paragem cardiorrespiratória, através de um desfibrilhador automático externo, tendo como objetivo reverter a paragem cardíaca”, explica Cristina Granja. Como resultado, o coração volta a contrair e a bombear sangue para o corpo, nomeadamente, para o cérebro e coração. No entanto, a utilização deste equipamento exige formação adequada e atualizações regulares.


“Com esta certificação, a Faculdade quer assegurar que todos os seus estudantes do Mestrado Integrado em Medicina saem a possuir as competências técnicas e clínicas necessárias, tanto à identificação da necessidade como à execução de manobras de reanimação, bem como contribuir para um uso mais eficiente dos desfibrilhadores que vão existindo, em número cada vez maior, em locais públicos do nosso País" adita Altamiro da Costa Pereira, diretor da FMUP.


Disponibilizado de forma gratuita, o programa de formação, treino e certificação em suporte básico de vida vai arrancar no início de março, no Centro de Simulação Biomédica da FMUP. Inicialmente, o programa contemplará, no total, os cerca de 300 estudantes que frequentam o último ano do curso, podendo ser alargado a estudantes mais jovens já no próximo ano letivo.



 
 
 
 
FMUP AUSCULTA PORTUGUESES SOBRE VACINA

Um estudo de âmbito nacional, que será desenvolvido pela FMUP, vai auscultar a população portuguesa sobre a potencial aceitação e adesão à nova vacina contra a COVID-19. Segundo a investigadora Rute Sampaio, “a opinião pública e a confiança nesta terapêutica são determinantes para se alcançar uma imunização das comunidades, objetivo fundamental para a erradicação da pandemia”.


Até ao final de janeiro, os participantes são convidados a responder, de forma anónima, a um conjunto de perguntas relacionadas com o impacto da pandemia nas suas vidas e sobre a perceção da eficácia e do grau de informação sobre o tema.



 
 
ESCOLAS MÉDICAS FORMALIZAM ASSOCIAÇÃO DO CEMP

No passado mês de dezembro, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, foi lavrada a Escritura Pública que concretiza a constituição da Associação do Conselho das Escolas Médicas Portuguesas (CEMP). Na presença dos diretores e presidentes das oito instituições, incluindo o diretor da FMUP Altamiro da Costa Pereira, o acontecimento foi considerado "um momento histórico para a Medicina em Portugal".


"A constituição desta Associação contribuirá para continuar a afirmar o CEMP como uma entidade independente, que assume integralmente a sua responsabilidade e postura cívica, em prol de uma formação médica moderna", pode ler-se no comunicado oficial.



 
 
 
2021: TRADIÇÃO E RENOVAÇÃO

Neste início de 2021, não posso deixar de recordar os sacrifícios que tantos docentes, técnicos e estudantes fizeram ao longo de 2020, de modo a se adaptarem e a manterem a elevada qualidade de ensino e de investigação na FMUP. Quero ainda agradecer terem dado o vosso melhor no combate a uma pandemia que, tendo-nos surpreendido, nunca nos fez baixar os braços e muito menos perder o Norte.


Na verdade, embora um pouco desgastado e ainda a recuperar de outros combates institucionais e pessoais, encontro-me cheio de otimismo e de projetos de renovação, seja da organização interna da Faculdade, seja da requalificação dos seus espaços, ou do rejuvenescimento e motivação dos seus quadros.


Janeiro de 2021 marca também o início das comemorações do bicentenário da criação, em 1825, da Régia Escola Cirúrgica do Porto, ilustre antecessora da Faculdade. Nesta edição será assim publicado o primeiro de 60 personagens que foram relevantes para a história da nossa Escola e da Medicina Portuguesa. São 60 porque, sendo os personagens publicados mensalmente, são também 60 os meses que faltam até ao final de 2025.


Este primeiro texto é dedicado a um cirurgião nascido no Brasil, Teodoro de Aguiar, e narra de como – do improvável encontro de vontades ou do alinhamento de interesses entre um cirurgião empenhado, um rei esclarecido e um burguês endinheirado – surgiu a nossa Escola que, em 2025, comemorará 200 anos ao serviço do ensino médico, da investigação biomédica e, sobretudo, ao serviço da melhoria dos cuidados de saúde no Norte do País.


Altamiro da Costa Pereira
Diretor da FMUP



 
 
 
 
FERNANDO SCHMITT TUTELA REVISTA DE REFERÊNCIA

Fernando Schmitt, professor da FMUP e investigador do CINTESIS, é o novo editor-chefe da revista internacional Pathobiology: The Journal of Translational Pathology. No editorial que assina em janeiro, o investigador afirma o objetivo de fazer com que a revista “represente o trabalho e a investigação que está a ser desenvolvida em todas as regiões do mundo”. A equipa liderada pelo professor universitário vai ter a missão de divulgar as melhores práticas de patologia e de investigação básica e clínica. 



 
 
AEFMUP TEM NOVO PRESIDENTE

Henrique Moreira, estudante do 5.º ano do Mestrado Integrado em Medicina, será o novo presidente da Associação de Estudantes da FMUP (AEFMUP) para o mandato de 2021. “Como sabemos, este ano trouxe desafios ímpares para todos, por isso, olhamos para o futuro e para as adversidades que nele residem como oportunidades para sermos agentes de mudança no nosso meio”, revelou o estudante durante a tomada de posse que decorreu na Aula Magna.



 
Professores da FMUP coordenam livro sobre Medicina Geral

Os professores da FMUP Paulo Santos e Alberto Hespanhol, juntamente com Luiz Santiago, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, são os responsáveis pela coordenação do livro “Medicina Geral e Familiar”. A obra inédita reúne os contributos de especialistas das oito escolas médicas portuguesas. Ao longo de 14 capítulos, os autores explicam conceitos básicos da Medicina Geral e Familiar e contam a evolução da especialidade em Portugal. 



 
 
Regulamento Orgânico e Estatutos da FMUP

Estão publicados em Diário da República, para consulta pública, o Projeto de Regulamento Orgânico da FMUP, bem como o Projeto de Revisão dos Estatutos da Faculdade de Medicina Universidade do Porto.


Eventuais contributos e sugestões devem ser remetidos por escrito para o endereço de correio eletrónico: consultapublica@med.up.pt, até aos dias 19 de Fevereiro (no caso do Projeto de Regulamento Orgânico) e 24 de Fevereiro (no caso do Projeto de Revisão dos Estatutos).



 
 
 
 

1.º - Theodoro Ferreira d’ Aguiar (1769-1826)
Cirurgião-mor do Reino


Quem foi Teodoro de Aguiar?
Nascido no Rio de Janeiro, em 1769, Theodoro Ferreira d’ Aguiar foi Cirurgião-mor do Exército e da Armada Real, Médico da Real Câmara, inspetor da Junta da Instituição Vacínica da Corte, destinada a promover a vacina antivariólica no Brasil, e Cirurgião-mor do Reino.


Provavelmente de família cristã-nova, Teodoro de Aguiar parte ainda jovem para a Europa onde obteve o grau de Bacharel em Filosofia pela Universidade de Coimbra e o grau de Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina, da Universidade de Leyden, Holanda, em 1797. Em 1800, já como Cirurgião-mor do Hospital Real da Marinha, em Lisboa, envolve-se ativamente no ensino da Cirurgia e na reforma hospitalar, participando na elaboração de um importante regulamento para os hospitais militares tanto em tempo de paz como em tempo de guerra, por alvará de 1805 do Príncipe Regente D. João.


Após acompanhar, em 1807, a mudança da família real para o Brasil, foi professor régio de cirurgia e partos na recém-criada Escola Anatómica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro, instituída, em 1808, por D. João e antecessora da atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Mas, o principal legado de Teodoro de Aguiar foi o seu papel crucial na conceção e criação, em 25 de novembro de 1825, da Régia Escola de Cirurgia do Porto, antecessora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).


A criação da Régia Escola de Cirurgia do Porto
Reza assim a história. Tendo-se tornado num dos médicos favoritos de D. João VI após o regresso deste a Lisboa, em 1822, foi instado pela corporação dos contratadores de tabaco a pedir proteção real para um dos seus principais membros que então se encontrava preso na cadeia do Limoeiro. Ora, Teodoro de Aguiar não só conseguiu que o contratador fosse libertado como, adicionalmente, conseguiu que o Rei atribuísse à corporação o monopólio do comércio de tabaco. Agradecida, quis a corporação recompensá-lo monetariamente, mas, convicto defensor da causa pública, Teodoro de Aguiar propôs, em alternativa, que a corporação viesse a financiar a criação de dois cursos de Cirurgia, um em Lisboa e outro no Porto. Acresce que o seu contributo não ficou apenas pela obtenção da autorização real e do financiamento que permitiu a criação das Régias Escolas de Cirurgia - cuja versão na mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto foi o embrião da nossa Faculdade - mas, como Cirurgião-mor do Reino (equivalente, na atualidade, a Ministro da Saúde) Teodoro de Aguiar elaborou ainda o primeiro plano de organização institucional e curricular das duas Escolas.


Memória e gratidão da Escola
Após a misteriosa morte de D. João VI, a 10 de março de 1826, Teodoro de Aguiar logo regressa ao Brasil para voltar a Portugal, no ano seguinte, como emissário político de D. Pedro I, imperador do Brasil. Mas, pouco tempo depois de chegar a Lisboa, onde se vivia um ambiente de profunda crise política e social, fruto das crescentes tensões entre absolutistas e liberais, morre em Lisboa a 5 de maio de 1827, aos 58 anos de idade, e em circunstâncias também misteriosas, apontando uns para suicídio e outros para assassinato.


Mas, mesmo perante tão trágico fim, o seu contributo nunca foi esquecido pela Escola portuense. Já com a designação de Escola Médico-Cirúrgica do Porto, e na abertura do ano letivo de 1839-40, o professor Assis Vaz (1797-1870), Lente Proprietário de História Médica, Patologia Geral, Patologia e Terapêutica Internas, na sua Oração de Sapiência, exortou: “Já que nossos olhos não encontrão neste recinto, consagrado pelo reconhecimento publico, o busto, o retrato d’Aguiar, desse Lapeyronie Portuguez, renove-se ao menos seu elogio em todas as nossas solemnidades; e quem tanto mereceu da patria, e da humanidade, pelos progressos que fez ganhar á cirurgia Portugueza, tenha transmitida a sua memoria aos mais remotos vindouros!


Alinhamentos fecundos
E assim se fica a saber que a origem da FMUP remonta a 1825 - num período particularmente conturbado da história de Portugal em que se afrontavam duas visões políticas antagónicas que acabariam por levar à guerra civil - e que se deveu à feliz conjugação de três fatores: primeiro, o engenho visionário de um cirurgião militar, nascido no Brasil e partidário da fação liberal; depois, o financiamento de um grupo de burgueses enriquecidos com o comércio transatlântico de tabaco; e, finalmente, a vontade de um rei que, sendo absoluto, foi tornado, pelas circunstâncias políticas e pelos amigos esclarecidos, um rei constitucional e reformador.


Altamiro da Costa Pereira
Diretor da FMUP


Amélia Ricon Ferraz
Diretora do Museu de História da Medicina “Maximiano Lemos”



 
 
 
 
FMUP NOS MEDIA

- O estudo da FMUP que alertou para falhas nos dados da COVID-19 em Portugal foi a segunda notícia mais lida no site da TSF em 2020.


- Em conversa com o Público, Paulo Santos, professor da FMUP, afirmou que o aumento de casos de COVID-19 “é o expectável e há que ter alguma calma neste momento".


- Na opinião de Bernardo Gomes, médico de Saúde Pública e professor da FMUP, “estamos a pagar as consequências do Natal” relativamente ao aumento de novos casos de COVID-19. Para rever na SIC Notícias.


- Luís Delgado, professor de Imunologia da FMUP, explicou, no programa "Segunda Vaga", como é que o sistema imunitário reage quando entra em contacto com o vírus.


- “Partícula presente no ar pode agravar sintomas de COVID-19” é o título de uma reportagem do Porto Canal, que contou com as declarações do investigador da FMUP João Carvalho Rufo.


- A TVI24 traçou o perfil de António Sarmento. O professor da FMUP foi o primeiro vacinado contra a COVID-19 em Portugal.


- Adelino Leite Moreira, cirurgião e professor da FMUP, explicou em direto no Observador o que é a síndrome inflamatória multi-sistémica pediátrica e a relação da mesma com a COVID-19.



 
 
 
 
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Edição: Gabinete de Comunicação e Imagem - FMUP | Redação: Olga Magalhães, Daniel Dias, Cláudia Azevedo | Infografia e Imagem: Bárbara Mota e Catarina Carrinho | Produção: Pedro Sacadura
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