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Nº 10  Fev 2021
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
Métodos de ensino da FMUP premiados

Pelo quinto ano consecutivo, a U.Porto distinguiu as melhores propostas de inovação pedagógica criadas pelos docentes da Universidade. Dos nove projetos premiados, que vão receber um apoio financeiro para promover a melhoria do ensino e aprendizagem, quatro têm como “palco” a Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP). 


É o caso de “Impressão 3D de peças anatómicas”, um projeto liderado pelo docente José Paulo Andrade e que visa o uso de modelos obtidos com impressoras 3D para complementar o material cadavérico do Teatro Anatómico da FMUP.


É também de Medicina a proposta de “Implementação de tecnologia digital no formato audiovisual no ensino prático de Histologia e Embriologia”, liderada por Daniel Humberto Pozza, Fani Neto e Isaura Tavares. Com esta iniciativa, pretende-se envolver os estudantes na narração de vídeos a disponibilizar aos restantes colegas.


Um “Modelo Colaborativo de Perguntas: como envolver os estudantes na sua avaliação?” foi, por sua vez, a solução encontrada por Diogo Santos-Ferreira, Rafael Martins, Rui Cerqueira, Fábio Nunes, Pedro Teixeira, André Moreira, André Lourenço, Ricardo Ladeiras-Lopes, Francisco Sampaio, Ricardo Fontes-Carvalho, Bruno Guimarães e Adelino Leite-Moreira, para envolver a comunidade estudantil da FMUP na criação ativa de elementos de avaliação. Esta abordagem pedagógica divide-se em várias etapas, nas quais os estudantes elaboram, inicialmente, perguntas de escolha múltipla sobre diferentes aulas de fisiologia e, posteriormente, procedem à heteroavaliação, a partir das ferramentas disponibilizadas.  As perguntas com as melhores classificações serão disponibilizadas aos estudantes em formato de testes, de teor formativo.


E num ano marcado pelos fortes constrangimentos ao ensino, impostos pela pandemia da COVID-19, não têm faltado bons exemplos para contornar as dificuldades. Exemplo disso é o projeto “Ensino médico translacional em tempos de pandemia: trazer o bloco operatório aos alunos”, liderado pelos docentes da FMUP Rafael Martins, Diogo Santos-Ferreira, Rui Cerqueira, Fábio Nunes, Pedro Teixeira, André Moreira, André Lourenço, Ricardo Ladeiras-Lopes, Francisco Sampaio, Ricardo Fontes-Carvalho e Adelino Leite-Moreira. Considerando as restrições impostas pela pandemia de COVID-19, este projeto visa, através da realização de filmagens de cirurgias cardíacas no bloco operatório e dos procedimentos na unidade de cuidados intensivos, criar vídeos que abordam os conteúdos formativos.


Os projetos premiados na edição deste ano do concurso “Projetos de Inovação Pedagógica” vão partilhar um apoio monetário no valor de 10 mil euros, para aplicar na aquisição de equipamentos, licenças ou programas informáticos, mobiliário, serviços externos e outras ações.



 
 
 
 
COVID-19: Doentes com mastocitose devem ser medicados antes da vacina

Num artigo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, Tiago Rama e André Moreira, professores da FMUP, recomendam que os doentes com mastocitose e patologias de ativação mastocitária sejam pré-medicados antes de receberem a vacina contra a COVID-19, de modo a prevenir reações alérgicas graves e anafilaxias.


Com recurso a uma combinação de medicamentos, os dois investigadores testaram o protocolo em dois profissionais de saúde com mastocitose sistémica e cutânea, que apresentavam sintomas de ativação mastocitária, o que possibilitou a vacinação sem qualquer tipo de reações.



 
 
Investigadores questionam uso do colete ortopédico para tratar fraturas da coluna

A imobilização da coluna vertebral com colete ortopédico (ortótese) não parece ter vantagens no tratamento das fraturas da coluna vertebral, quer a nível torácico, quer a nível lombar. Este é o alerta deixado por um amplo estudo, realizado por investigadores da FMUP e do CINTESIS, recentemente publicado na revista científica Spine.


Os resultados indicam que não existem diferenças significativas entre a imobilização e a não imobilização no que se refere à dor, à incapacidade, à progressão da deformidade da coluna (também vulgarmente conhecida como “corcunda”) e à perda de altura da vértebra, nos meses seguintes à fratura.



 
 
 
Repensar a gestão da Faculdade

No começo deste novo ano de 2021 - marcado ainda pela tragédia da COVID-19 e pelas limitações que nos são impostas pelo atual Estado de Emergência - importará que cada um de nós, consoante o seu papel na Faculdade, continue a usar este inusitado período para, refletindo sensatamente e agindo adequadamente, poder vir a enfrentar - melhor preparado do que estava no início desta crise - os desafios de um tempo pós-pandémico.


Pessoalmente, os últimos meses têm-me sido muito úteis para repensar vários aspetos da gestão da Faculdade, de forma a tornar a FMUP mais eficiente e a melhor servir quem a procura.


Ora, um dos aspetos mais importantes - e que tem estado talvez mais descurado - é o da reorganização do seu corpo técnico.


Na verdade, o número global de técnicos da Faculdade ascende a mais de 200, entre 185 técnicos diretamente contratados e mais de 20 outros que trabalham nas áreas financeira, de recursos humanos e de informática dos Serviços Partilhados da Universidade do Porto e da UPdigital, ou prestam serviços avençados.


Acresce que o corpo técnico representa já mais de 60% de todos os recursos humanos contratados em tempo integral pela Faculdade e o investimento com a sua massa salarial ultrapassa já os 3,5 milhões de euros anuais.


Neste contexto, a proposta de Regulamento Orgânico da Faculdade, que está de momento em fase de consulta pública, procura não só valorizar a cada vez mais importante contribuição dos técnicos para a tripla missão da nossa Faculdade - a saber, o ensino, a investigação e as atividades de interface social na área da saúde - como articular melhor a relação entre os técnicos do Departamento Não-Académico e os dos Departamentos Académicos, de forma a tornar mais harmoniosa a sua ação e a fortalecer a Faculdade como uma instituição una.


Assim, a estrutura em árvore do futuro Departamento de Recursos Comuns (DRC) da FMUP - em que os ramos principais são as unidades de recursos e os núcleos são as suas ramificações - foi marcada pela necessidade de dotar as diversas áreas funcionais de maior especificidade, autonomia e responsabilização, procurando deste modo aumentar a sua eficiência e melhorar a qualidade das suas ações.


Contudo, atendendo às sugestões que me foram sendo transmitidas por diversas fontes, incluindo vários elementos do Conselho de Representantes, as 18 Unidades de Recursos, inicialmente previstas na versão do DRC em consulta, irão ser agora reestruturadas em apenas 6 Unidades de Gestão: Central, Académica, do Conhecimento, das Tecnologias, das Infraestruturas e da Comunicação.


Cada uma destas 6 novas unidades terá um coordenador próprio e os seus cerca de 30 núcleos mais específicos terão igualmente um responsável técnico, de modo a se facilitar a articulação de todas as competências necessárias à boa implementação dos objetivos estratégicos da Faculdade.


Este foco na melhoria da articulação das atividades do corpo técnico da FMUP - incluindo as dos 87 técnicos do DRC e as dos 98 outros colocados nos 8 Departamentos Académicos da Faculdade - constitui não só um aspeto profundamente inovador da nossa cultura institucional, como será certamente a chave para o melhor funcionamento da Faculdade, como um todo.


Ou seja, nestes transitórios tempos de isolamento social, deveremos procurar reforçar a nossa capacidade de interligação, de modo a podermos usufruir das vantagens de uma cooperação em rede, de uma comunicação interdepartamental ou interdisciplinar, de uma gestão descentralizada e, sobretudo, de uma visão plural e inclusiva, balanceando as estratégias da Universidade e da FMUP com as necessidades dos Departamentos Académicos da Faculdade.


Na verdade, a sustentabilidade económica da FMUP nos próximos anos em muito dependerá dos saberes das diversas equipas técnicas agora previstas no novo DRC.


Acresce que o próprio desenvolvimento académico e científico da Faculdade estará igualmente dependente da ação concertada dos técnicos do DRC com a dos docentes, investigadores e técnicos dos seus departamentos académicos.

 

Altamiro da Costa Pereira
Diretor da FMUP



 
 
 
 
Ricardo Fontes-Carvalho eleito para EACVI

Ricardo Fontes-Carvalho, professor da FMUP, foi recentemente eleito membro da direção e Conselheiro de Ecocardiografia na Associação Europeia de Imagiologia Cardiovascular (EACVI), a principal associação científica internacional dedicada à promoção da investigação, educação e treino nesta área.


“É uma responsabilidade acrescida e uma vontade ainda maior para continuar a projetar a cardiologia nacional fora de portas”, assegura.



 
 
Nuno Neves é o novo presidente da SPPCV

Nuno Neves, professor da FMUP, é o novo presidente da direção da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV), cargo que irá exercer durante os próximos dois anos.


O novo presidente da SPPCV elege como objetivos para o mandato “prosseguir a trajetória de crescimento sustentado” daquela sociedade científica. Entre as principais apostas da direção estão “a produção e a divulgação científica, a formação médica e a sensibilização de doentes e público em geral”.



 
FMUP e FEUP criam proteção especial para doentes com disfagia

Uma equipa de investigadores das Faculdades de Medicina (FMUP) e Engenharia (FEUP) da U.Porto, em colaboração com o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, criou uma máscara protetora contra a COVID-19 destinada a doentes que sofrem de disfagia.


A necessidade de desenvolver um equipamento de proteção individual que permitisse ao profissional de saúde estar protegido dos aerossóis emitidos pelo doente e que ao mesmo tempo permitisse visualizar e aceder às estruturas faciais e orais era “determinante”, segundo os autores do projeto.



 
 
Prémio Cidadania Ativa da U.Porto

A U.Porto abriu as candidaturas para a 8.ª edição do Prémio Cidadania Ativa, uma distinção que visa reconhecer os estudantes que se destacaram nas suas atividades extracurriculares no último ano letivo (2019/2020).


Na presente edição, serão distinguidos os melhores projetos e ações desenvolvidos em cinco vertentes: Humanitária/Solidária; Empreendedorismo; Pedagógica; Desporto, Saúde e Bem-estar; e Defesa do Ambiente.



 
 
 
 

2.° - D. João VI (1767-1826)


Nota biográfica

A 13 de maio de 1767 nasce, em Lisboa, D. João, segundo filho da rainha D. Maria I e de D. Pedro. Por morte de D. José, seu irmão primogénito, foi declarado, em 1788, herdeiro do trono, tendo assumido a regência do Reino, por incapacidade de sua mãe, em 1792. A 29 de novembro de 1807, na eminência da invasão francesa pelas tropas de Napoleão, a família real muda-se para o Brasil com a sua corte. A partir de 1816, D. João VI foi Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Terminada a Guerra Peninsular, o monarca reconheceu a Constituição decretada pelas Cortes e, receoso que fosse proclamada a república, embarcou em 1821 com destino a Lisboa.


O reinado de D. João VI é marcado por inúmeras dificuldades internas e externas, incluindo as invasões francesas, a ocupação britânica, a revolução liberal e os conflitos entre liberais e absolutistas, bem como graves problemas no seio da sua própria família, incluindo complots da sua mulher, a princesa castelhana D. Carlota Joaquina, e as revoltas dos seus filhos D. Miguel e D. Pedro. Todavia, a forma esclarecida como soube lidar com as vicissitudes das circunstâncias em que viveu foi até reconhecida por Napoleão que, nas suas memórias escritas no exílio, confessou ter sido D. João VI o único Rei que o tinha conseguido enganar.


A 10 de março de 1826, e após vários dias de sofrimento e convulsões, D. João VI morre, em Lisboa, vítima possivelmente de envenenamento, acompanhado, no seu leito de morte por Teodoro de Aguiar. Esta sua morte ocorre no meio de graves tensões palacianas e sociais que acabaram por resultar numa guerra civil, iniciada a 1832 e que terminou com a vitória dos liberais, em 1834.


A criação das Régias Escolas de Cirurgia de Lisboa e do Porto
Já em Portugal, sob a influência do Cirurgião-mor do Reino, Teodoro Ferreira de Aguiar (uma espécie de ministro da Saúde da altura), e por alvará régio de 25 de junho de 1825, cria dois cursos de Cirurgia, um em Lisboa e outro no Porto. No seu Alvará considerava ser “(…) um dos objectos mais importantes para a felicidade pública, e conservação da saude de meus Povos, a educação de habeis Cirurgiões, que, adquirindo os verdadeiros conhecimentos da sua Arte, possam utilmente dedicar-se ao curativo respectivo, em que por ora se experimenta tão sensivel atrasamento (…)”. Assim, sob a inspeção da Secretaria de Estado dos Negócios do Reino, estabeleceu a criação da Régia Escola de Cirurgia, alojada no Hospital Real de Santo António, pertencente à Misericórdia do Porto, que viria, na sequência da reforma de Passos Manuel a tornar-se, em 29 de dezembro de 1836, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto e, em 22 de fevereiro de 1911, após a implantação da República, viria a dar lugar à atual Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, precedendo a instituição, a 22 de março de 1911, da própria Universidade do Porto.


Notas finais
De registar que, ainda como Príncipe Regente, D. João criou, em 1808, Escolas de Cirurgia na Bahia e no Rio de Janeiro, que precedem, em quase duas décadas, as suas congéneres do Porto e de Lisboa, demonstrando-se que a maior proximidade geográfica de certas comunidades ao poder político leva sempre ao seu mais precoce desenvolvimento, fruto certamente de um acesso facilitado aos necessários enquadramentos legais e aos financiamentos ou seja, fruto da feliz conjugação da condição necessária com a suficiente.


Pelas reformas que fez e pelas numerosas instituições que criou no Brasil, D. João VI é hoje considerado um dos precursores do atual Estado Brasileiro. Na verdade, em 1825, chegou a equiparar o Brasil ao Reino de Portugal, tornando-se - até à independência do Brasil, em 1822 - em Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. No entanto, D. João VI foi muitas vezes violentamente criticado e até ignominiosamente caluniado, tanto por políticos como por historiadores de ambos os lados do Atlântico, talvez e apenas porque, como seu Rei, não pudesse consentir que o Brasil se tornasse independente de quem, depois de o ter descoberto durante a sua vida, o amava tanto e se esforçou tanto por o desenvolver.


Como memória deste infeliz, mas sempre engenhoso Rei-fundador, a Faculdade guarda dois retratos a óleo, um na antecâmara da Sala do Conselho e o outro no hall da Aula Magna.


Altamiro da Costa Pereira
Diretor da FMUP


Amélia Ricon Ferraz
Diretora do Museu de História de Medicina Maximiano Lemos



 
 
 
 
FMUP NOS MEDIA

- “Quatro centenas de vítimas de COVID-19 morreram em casa” é o título do artigo do Jornal de Notícias, que contou com declarações de Altamiro da Costa Pereira, diretor da FMUP, e de João Carlos Winck, professor da Faculdade de Medicina.


- A transferência de doentes para o estrangeiro foi o assunto comentado em direto por Rui Nunes, professor da FMUP, na Rádio Observador.


- Em entrevista à SIC Notícias, Bernardo Gomes, médico de saúde pública e professor da FMUP, recorda que é importante reforçar o contacto telefónico com família e amigos durante o período de confinamento.


- Altamiro da Costa Pereira, diretor da FMUP, defendeu que os cursos de Medicina, nomeadamente o ciclo clínico, devem constituir uma exceção nas medidas apresentadas pelo Governo para o Ensino Superior. Para ler no site da RTP.


- Paulo Santos e Elisabete Ramos, professores da FMUP, falaram ao Público sobre a variante B.1.1.7, inicialmente encontrada no Reino Unido.


- O prolongamento do confinamento irá causar uma maior ansiedade nas pessoas, explicam Miguel Ricou e Irene Carvalho, psicólogos e professores da FMUP. A notícia é da agência Lusa.


- Inês Azevedo, professora da FMUP, previne para os efeitos que as muitas horas de exposição aos meios digitais podem ter nas crianças e nos jovens. Para ler no Expresso.


- A investigadora Ana Margarida Ferreira foi entrevistada para o programa "90 Segundos de Ciência", a propósito do projeto que quer ajudar os utilizadores a aceder aos seus dados com maior segurança.



 
 
 
 
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