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Nº #12  Abr 2021
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
Tempo de Renovação

Em Portugal, abril é sinónimo de Primavera e de renovação da Natureza.


Celebrada a Páscoa – num dia bastante soalheiro, mas entristecido pelas vicissitudes pandémicas –, habita-nos agora uma esperança prudente que, ansiando por novos horizontes, se defronta também com muitas incertezas.


Talvez por isso seja importante lembrar o balanço que recentemente publicamos sobre a primeira metade do nosso mandato na Direção da FMUP. Como certamente tiveram oportunidade de ler, nestes primeiros dois anos procurámos sobretudo enfrentar os principais desafios que fomos conseguindo identificar e encontrar soluções, dando prioridade às questões relacionadas com o ensino e com os recursos humanos.


Embora não contássemos com as dificuldades adicionais entretanto surgidas – incluindo as da superação de doença grave e inesperada, os estranhos desafios da COVID e as resultantes do relacionamento institucional com o atual Reitor da UP por via da suas políticas universitárias, restritivas ao rejuvenescimento e valorização dos quadros da FMUP bem como promotoras de afastamentos entre entidades académicas, assistenciais ou científicas do Porto na área da saúde – creio que o balanço será não só manifestamente positivo para a Faculdade como nos enche de força e vontade para tentarmos ir mais além nos anos.


Na verdade, para além da finalização, em breve, dos dois concursos de promoção em curso (10 vagas de catedrático e 4 de associado), dos 6 de provimento já abertos (dos quais 2 estão já concluídos, 2 em conclusão e os restantes 2 em andamento) e da insistência, junto do Reitor, na abertura das restantes 17 vagas de provimento de docentes de carreira (professores auxiliares, associados e catedráticos) que já lhe tinham sido solicitadas há mais de um ano, esperamos ainda poder vir a promover a abertura, durante este ano civil, de cerca de 15 novas vagas de promoção de docentes de carreira a associado e a catedrático. Conjuntamente com a criação do Departamento de Recursos Comuns e a consequente valorização dos seus quadros técnicos, as aberturas acima previstas de concursos docentes visam uma significativa e crucial renovação e consolidação dos quadros da Faculdade, num esforço sem precedentes nos últimos 30 anos.


Queremos ainda iniciar e implementar um amplo programa de obras de requalificação dos espaços mais deteriorados e improdutivos da FMUP – no edifício que partilha com o CHUSJ – possibilitando assim a melhoria das condições pedagógicas e recreativas dos estudantes, bem como dotar os docentes e os técnicos da Faculdade que trabalham em áreas clínicas, no Departamento de Recursos Comuns ou no recém-criado RISE de instalações condignas e adequadas às suas funções. Sublinhe-se que muitos destes espaços não têm sofrido obras de manutenção há já quase 60 anos.


Está também para breve a implementação de uma nova imagem institucional para a FMUP, cujos primeiros passos já foram dados com o desenho dos pijamas cirúrgicos para os estudantes do ciclo clínico e a requalificação do átrio da entrada da FMUP, no piso 01 da frente do edifício que partilha com o CHUSJ.


Finalmente, para além de continuar a incentivar a melhoria da qualidade do ensino e da investigação na Faculdade, gostaríamos também de apoiar mais atividades de índole social, de aumentar as de índole cultural e ainda de discutir e, eventualmente, promover a reorganização dos Departamentos Académicos, de modo a aumentar a articulação do ensino nas áreas básicas e clínicas da Faculdade, bem como a melhorar a investigação clínica e de translação na Faculdade e no CAC Porto. Esperamos também poder promover algumas alterações estatutárias e regulamentares de modo a tornar mais ágeis as interações entre os Departamentos e os Órgãos de Gestão, visando tornar mais eficiente a gestão da Faculdade.


Ou seja, nesta Primavera de 2021 – alicerçada numa longa e rica história de quase 200 anos e, sobretudo, na vontade e na ação de todos e de cada um de nós – a FMUP poderá uma vez mais renascer, renovada e fortalecida, rumo a um futuro promissor que nos faça esquecer tempos mais sombrios.


Altamiro da Costa Pereira
Diretor da FMUP



 
 
 
 
COVID-19: 91% dos portugueses aceitam ser vacinados

Um estudo desenvolvido na FMUP, envolvendo cerca de três mil participantes, revelou que 9 em cada 10 portugueses aceitam ser vacinados com a vacina contra o vírus SARS-CoV-2. No entanto, os investigadores alertam para o facto de os indivíduos com menor nível de escolaridade revelarem maior preocupação com a toma da vacina, bem como com os possíveis efeitos secundários.


 
 
Perturbações no relaxamento cardíaco podem triplicar risco de morte
A conclusão é de um estudo desenvolvido na FMUP, no qual foram analisados 19 artigos científicos publicados ao longo da última década. Os resultados mostraram que a disfunção diastólica se associa a um aumento de 3,5 vezes do risco de um evento cardiovascular grave, como insuficiência cardíaca ou enfarte agudo do miocárdio, e a um aumento de 3,1 vezes do risco de morte por todas as causas.


 
 
 
Maioria dos pacientes alérgicos à penicilina pode tomar antibiótico comum em cirurgias

A maioria dos pacientes com história de alergia às penicilinas sujeitos a cirurgia pode tomar em segurança o antibiótico habitualmente recomendado pelas autoridades de saúde para profilaxia antibiótica (a cefazolina), ao invés de outros antibióticos que são menos efetivos e mais caros. As conclusões são de um estudo levado a cabo por investigadores da FMUP, do Massachusetts General Hospital (EUA) e da Universidade do Colorado (EUA), agora publicado na revista JAMA Surgery.


O estudo, uma meta-análise de grande robustez científica, confirmou que “a cefazolina pode ser dada à maioria dos pacientes que reportam alergia às penicilinas”, explica Bernardo Sousa Pinto, investigador principal do estudo e professor da FMUP, no Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde. Em parte, os resultados explicam-se pela baixa frequência de alergia confirmada às penicilinas. “Muitos pacientes acham que são alérgicos às penicilinas, quando na verdade não o são. Tiveram manifestações infeciosas na infância que foram confundidas com alergias. Isto reflete a necessidade de os pacientes que reportam alergia às penicilinas serem adequadamente testados”, acrescenta o especialista.


Segundo Kimberly Blumenthal, outra das autoras, “o estudo verificou que a frequência de alergia simultânea às penicilinas e cefazolina ronda os 0,7%, ascendendo aos 3% nos pacientes com alergia confirmada às penicilinas”.


Existem muitas pessoas com falsos diagnósticos de alergia a antibióticos da família das penicilinas, cujas consequências, em termos clínicos e de serviços de saúde, podem ser graves. “Desde logo, estes doentes são tratados com antibióticos de segunda linha, que são menos eficazes e comportam um maior risco de resistências do que as penicilinas”, explica Bernardo Sousa Pinto, que é também investigador do CINTESIS.



 
 
 
 
Projeto FMUP sobre hipertensão pulmonar distinguido em França 


 
 
Investigadores avaliam impacto da pandemia no seguimento de asmáticos


 
 
Armando Mansilha vai liderar órgão internacional de Angiologia


 
 
FMUP firma protocolo com Grupótico do Campus São João



 
 
COVID-19: U.Porto vai testar estudantes e trabalhadores
A Universidade do Porto vai implementar, a partir da semana de 12 de abril, um programa de rastreio da COVID-19 entre estudantes e trabalhadores da instituição, no âmbito do regresso à atividade presencial no Ensino Superior, definido para 19 de abril. Ao longo das próximas semanas, todos os membros da comunidade académica receberão na caixa de correio institucional um email com informações sobre o agendamento do teste de diagnóstico.


 
 
 
 
FMUP NOS MEDIA

- Luís Delgado e Nuno Vale, ambos professores e investigadores da FMUP, falaram com o Expresso sobre as vacinas que se encontram a ser produzidas contra a COVID-19.


- A professora da FMUP Rosário Monteiro foi uma das especialistas ouvidas pelo Polígrafo para explicar se o suplemento nutricional consumido pelo Presidente da República pode ser utilizado para substituir refeições.


- A pneumologista e professora da FMUP Marta Drummond revela que o diagnóstico precoce é fundamental para tratar doenças associadas ao sono. A notícia é da Agência Lusa.


- Em conversa com o Jornal de Notícias, Jorge Polónia, professor da FMUP, investigador do CINTESIS e coordenador da Unidade de Farmacovigilância do Porto, garantiu que "as vacinas reduzem as principais complicações da doença COVID-19 e que têm muitíssimo mais vantagens que os potenciais inconvenientes”.


- “A pandemia agravou a obesidade infantil?” é o título do artigo de opinião assinado pela pediatra Carla Rego, professora da FMUP, no Diário de Notícias.



 
 
 
 
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