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Nº #26  Jun 2022
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
Ao Finalismo, à Medicina e à Queima das Fitas do Porto


Caríssimos Insignes Finalistas, dirijo-vos as palavras que se seguem. Aos colegas para os quais, tal como eu, este ano letivo não terá sido o último, espero que as leiam também e que nelas antevejam já saudade. Aos docentes, aos médicos, aspiro a trazer à tona a nostalgia.


Muitos parabéns, Finalistas. Esta majestosa semana (já lá vai um mês...) mais do que de palavras é de emoções, vossas, dos vossos, da nossa casa comum. E por isso tentarei ser breve e num sopro fazer jus ao turbilhão de sentimentos que certamente terão neste momento. Foi para mim um privilégio enorme acompanhar grande parte do vosso percurso por cá. Ensinaram-nos muito e vivemos momentos inesquecíveis convosco.


Não foi fácil chegar aqui, com a responsabilidade e experiência que as vossas capas envergam... a Anatomia, um trinta e um, aliás, sete trinta e uns, que ainda são do tempo das Morfofisiologias. Entretanto, na estreia dos anos clínicos, uma pandemia, um confinamento em casa que pareceu interminável, seguido de um regresso gradual à normalidade que de torpe nada teve, mas que ainda assim só nos últimos meses permitiu o vislumbre das tradições da casa que acarinhamos e que a nossa memória coletiva jamais deixará cair. Desengane-se quem pensar que os finalistas de 2022 serão uma geração de médicos COVID. Ser made in FMUP significa ser versátil, pensar e adaptar-se depressa e abraçar desafios com a garra de quem abraça oportunidades. E vocês são a prova viva disto! Como sempre nos acostumaram, a vossa perseverança fez de vós exemplos de superação e indubitavelmente melhores médicos, nesse futuro tão perto. Levem isto ao peito onde quer que vão!


No desenho do adeus, vivam intensamente esta reta final com quem esteve convosco nestes efémeros 6 anos. De tantas vezes que marcaram lugar na Aula Magna, a Imposição de Insígnias, na Queima das Fitas, poderá ter sido das últimas.


Na vossa cartola cabem todas as memórias. Aquelas que o tempo não pode apagar. O dia a dia entre o salão, a sala de estudo, as aulas ou mesmo pelo CIM naqueles anos que parecem ter sido há uma vida atrás. As conversas com a Lina. A Marta, a Luísa, o Sr. Zé, as pessoas do 01 que durante anos viram todos os dias.


Na vossa cartola cabe o ano de caloiros e a magia de viver tudo pela primeira vez. As noitadas de desespero na véspera de um exame, as de festa até de manhã, as atividades de data marcada que todos os anos ansiosamente se repetem... e até as videochamadas no zoom. Tenho a certeza de que nunca se esquecerão com quem viveram tudo isto.


Aos pais, para além do imensurável orgulho, sintam-se contentes se os vossos filhos ainda chamarem primeira casa à que partilham convosco. Se fosse pelo tempo que aqui passamos, esta seria certamente a primeira casa de muitos. E deixa-me indescritivelmente feliz sabê-lo.


No momento da partida, levem convosco os segredos destes corredores. Onde quer que vão, levem convosco a FMUP e a AEFMUP. Orgulhem-se do vínculo que para sempre terão a esta casa e da responsabilidade que é, em cada coisa que fazem, por onde quer que andem, representar-nos a todos e a esta mui nome instituição, que é se não algo maior que nos unirá para sempre.


Da parte da AEFMUP, foi o maior privilégio representar-vos a todos. Fazer por vós, para vós e convosco. Dedicar-nos para podermos garantir que saem daqui não só os melhores médicos, mas com as mais especiais memórias e histórias para contar. Os valores que defendemos por vós, as horas intermináveis para garantir que fazíamos desta a vossa casa, tudo valeu a pena para chegarmos a este momento. Tudo o que fazemos, por vós é. Espero que guardem sempre orgulhosamente a AEFMUP no coração tanto quanto nós vos guardamos. E que a todos os que vos perguntarem, digam que passar por cá é algo que só nós sabemos, só nós sentimos, é inexplicável.


A ocasião exige que falemos em partida, mas espero que voltem. Espero, aliás, que nunca se vão embora. Quando a saudade apertar, vamos estar de braços abertos para vos acolher de novo em casa. Contem connosco!


Acredito que até hoje foram sempre futuro. Chegaram cheios de sonhos. Agora, mais do que nunca, espero que os sintam verdadeiramente realizados. Conseguiram. Relembrem o significado da cartola que ostentam, a glorificação pessoal que devem sentir.


Deixam um enorme legado, finalistas. Vão fazer-nos muita falta!


Na vossa cartola cabe um futuro brilhante, que acaba de começar.


Viva Medicina,
Viva a AEFMUP,
Viva o Finalismo,
Viva a mui nobre Faculdade de Medicina da Universidade do Porto


Margarida Duarte Albuquerque
Presidente da AEFMUP



 
 
 
 
FMUP INVESTIGA CAUSAS DE ABORTO ESPONTÂNEO 

Uma equipa de investigadores da FMUP está a desenvolver um estudo que visa revelar as causas do aborto espontâneo e contribuir para um melhor aconselhamento genético aos casais que sofrem perdas recorrentes de gravidez.


O objetivo passa por “avaliar os mecanismos genéticos e epigenéticos subjacentes ao processo biológico de formação das células reprodutoras femininas e ao desenvolvimento embrionário e fetal”, explica Sofia Dória, professora da FMUP e investigadora principal do projeto.



 
 
CRIANÇAS E IDOSOS VÍTIMAS DOS ACIDENTES NA ESTRADA

As crianças e os idosos são as vítimas dos acidentes de viação em Portugal que envolvem “maiores complexidades e desafios no diagnóstico, tratamento, reintegração e abordagem forense”, refere um estudo coordenado por Teresa Magalhães, professora da FMUP.


Os membros inferiores e superiores são as zonas do corpo mais atingidas nos acidentes, seguindo-se a cabeça e o pescoço, e as sequelas musculoesqueléticas são a maioria (64,8%), tendo como consequência limitações nas atividades da vida diária (51,7%), na vida social e afetiva, nas atividades de desporto ou lazer (40,5%) e no trabalho (36,4%).



 
 
 
FMUP ALERTA PARA RISCO DE SURTOS DA BACTÉRIA A. BAUMANNII EM HOSPITAIS

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) defende que é preciso prevenir surtos de infeção por Acinetobacter baumannii em hospitais, em particular nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).


No contexto da pandemia de COVID-19, o grupo avaliou o risco atual de rápida transmissão desta bactéria em ambiente hospitalar e concluiu que estão criadas as condições para uma “tempestade perfeita”.


Num artigo científico publicado no Journal of Pathology, Microbiology and Immunology, Diogo Duarte e Acácio Rodrigues avisam que “é preciso aumentar a sensibilização para a relevância deste agente patogénico” e “encorajar a implementação de medidas preventivas para mitigar os efeitos de possíveis surtos”.


Os autores temem que o redirecionamento dos recursos, materiais e humanos, para os doentes com COVID-19 possa levar à “deterioração das medidas destinadas a prevenir a A. baumanii e facilitar a sua transmissão e proliferação dentro das instituições prestadoras de cuidados de saúde.


“A situação atual pode promover a expansão da bactéria devido à completa lotação das Unidades de Cuidados Intensivos, à falta de tempo e ao burnout dos profissionais de saúde, à inevitável desorganização dos serviços hospitalares e ao atraso na deteção de A. baumanii. Podemos assistir ao aparecimento de uma ameaça grave”, alertam os cientistas da FMUP e CINTESIS/RISE.


A transmissão de A. baumanii ocorre diretamente pelo contacto entre doentes infetados e pelo contacto dos doentes com profissionais de saúde ou com superfícies e equipamentos hospitalares, como aparelhos de ventilação, colonizados. Sabe-se que a bactéria pode persistir durante largos meses nestes locais.


A infeção pode manifestar-se de diferentes formas, desde pneumonias a infeções urinárias, podendo ser de difícil diagnóstico e tratamento e estando associada a elevadas taxas de mortalidade (até 43% em doentes internados em UCI).


Além de ser altamente transmissível, esta bactéria tem-se tornado cada vez mais resistente a um grande número de antibióticos utilizados no tratamento de infeções bacterianas, bem como aos desinfetantes comummente usados na limpeza das superfícies e equipamentos hospitalares, em parte devido à sua capacidade para formar biofilmes.


Para os investigadores, uma das medidas para fazer face a esta “ameaça emergente” é a triagem e a vigilância ativa de doentes de alto risco, especialmente de doentes críticos internados em Cuidados Intensivos, “despistando precocemente a possível colonização”.


Adicionalmente, “é preciso desenvolver estratégias de prevenção da transmissão da bactéria, o que pode incluir checklists, educação dos profissionais e uma boa comunicação”, afirmam os especialistas.


De modo a evitar a resistência da bactéria aos desinfetantes, os autores do estudo recomendam a rotatividade desse tipo de dos compostos a cada três meses, existindo também evidência de que alguns podem prevenir tal resistência sem comprometer a eficácia da desinfeção, como é o caso de peróxido de hidrogénio, usado em nebulização/névoa seca.



 
 
 
 
ÓRGÃOS DE GESTÃO DA FMUP TOMAM POSSE


 
 
AEFMUP LANÇA NOVA REVISTA 


 
 
PROFESSORA DA FMUP EM ÓRGÃO EUROPEU DE ANESTESIOLOGIA


 
 
GILBERTO COSTA SERÁ HOMENAGEADO NO DIA 21 DE JUNHO


 
 
FMUP NOS MEDIA

- Casos de demência com agitação aumentaram 3,9% em seis anos nos hospitais, revela um estudo coordenado por Lia Fernandes, professora da FMUP. Para ler no site do  Expresso.


- À SIC, o professor e investigador da FMUP Acácio Rodrigues alertou para os perigos da Acinetobacter Baumannii, uma bactéria hospitalar associada a uma elevada taxa de mortalidade. 


- Coordenado pela investigadora Teresa Magalhães, o estudo da FMUP que analisou os danos físicos nas vítimas de acidentes na estrada fez capa na edição impressa do Jornal de Notícias. Leia a notícia aqui.


- “Obesidade infantil: como podemos alterar este paradigma?” é o título do artigo de opinião assinado por Carla Rêgo, professora da FMUP, no Público.


- Miguel Ricou, professor da FMUP, foi um dos convidados do programa “Sociedade Civil”, da RTP2, dedicado ao tema “Teorias da Conspiração”.


- Uma equipa de cientistas da FMUP, coordenada por João Pedro Ferreira, confirmou que um fármaco usado para baixar os níveis de triglicerídeos pode reduzir as hospitalizações por insuficiência cardíaca em diabéticos. A notícia é da Agência Lusa.


- O uso de cremes de branqueamento na pele pode ter riscos? Foi o que tentou esclarecer o jornal Viral junto de Alberto Mota, dermatologista e professor da FMUP.


- “Os tempos não estão de feição para a «mãe de todas as doenças»” é o título do artigo de opinião assinado por Miguel Bragança, professor da FMUP, no Público.



 
 
 
 
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Edição: Unidade de Gestão de Comunicação - FMUP | Redação: Olga Magalhães, Daniel Dias, Cláudia Azevedo | Infografia e Imagem: Bárbara Mota e Catarina Carrinho | Produção: Pedro Sacadura
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