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Nº #16  Ago 2021
 
 
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Newsletter
Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
RISE – a oportunidade para atingir um patamar de excelência na investigação

No editorial da newsletter da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) de agosto de 2020, escrevemos neste mesmo espaço sobre a possibilidade de criar um Laboratório Associado na FMUP, dedicado à investigação clínica e de translação. Passado um ano, é com grande satisfação que podemos dizer que o RISE – Rede de Investigação em Saúde é uma realidade. A proposta original evoluiu para envolver, além da FMUP e seus centros de investigação (CINTESIS e UNIC), a Unidade de Ciências Cardiovasculares da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (CCUL) e o Centro de Investigação do IPO do Porto. Entretanto, a ideia central de fortalecer a investigação em saúde desde os seus estágios pré-clínicos e clínicos permanece como o mote principal do RISE. Alicerçado em 5 linhas temáticas – Ciências Cardiovasculares; Oncologia; Doenças Inflamatórias e Degenerativas; Transformação Digital e Políticas e Tecnologias nos Cuidados de Saúde; e Saúde Comunitária e Desafios Societais –, o RISE poderá criar as condições necessárias para desenvolver um ambiente focado na investigação em equipa e interinstitucional, no qual será possível implementar os resultados da investigação de uma forma mais rápida e eficaz.


Apesar de ser um momento único na história da investigação da FMUP, não vale a pena escamotear que o financiamento atribuído pela FCT ao laboratório associado é claramente insuficiente para assegurar os objetivos propostos na candidatura e a tão desejada criação de emprego científico. Não há uma estratégia sustentável e clara relativamente ao financiamento regular e adequado às exigências impostas aos laboratórios associados. As assimetrias observadas no financiamento dos diferentes laboratórios associados devem ser ponderadas e revistas nos próximos anos a fim de que os objetivos traçados possam ser alcançados.


Por outro lado, é diante da adversidade e dos desafios que podemos criar oportunidades de crescimento e desenvolvimento. A qualidade da investigação realizada na FMUP é de nível elevado, como mostram os índices quantitativos e o desempenho das suas Unidades de Investigação. O RISE cria a oportunidade de expandir estas capacidades. Com a UNIC e o CCUL, teremos a maior rede de investigação em ciências cardiovasculares do país. Com o CI-IPO, teremos a oportunidade de melhorar a investigação em oncologia na FMUP, especialmente na vertente clínica. Com o CINTESIS, além de potenciarmos a rede já existente com os centros de cuidados de saúde, escolas de enfermagem e nutrição, desenvolveremos a investigação em doenças inflamatórias e degenerativas, tanto a nível hospitalar como nos centros de saúde. Esta rede, suportada por uma boa e sólida estrutura em ciências de dados, pode colocar a investigação da FMUP num patamar de excelente qualidade.


Falta agora o desafio maior que é fazer com que esta rede funcione e integre. O desafio para o próximo ano é este: unir os investigadores da FMUP e dos outros centros e estabelecer uma infraestrutura de funcionamento que permita com que todos sintam o RISE como uma mais valia para todos nós.


Fernando Schmitt
Professor Associado da FMUP e coordenador do RISE


Adelino Leite Moreira
Professor Catedrático da FMUP e coordenador da UNIC



 
 
 
 
Mais rapidez na notificação de reações adversas às vacinas
Um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde avisa que é urgente acelerar a notificação das reações adversas às vacinas contra a COVID-19. Num estudo publicado no International Journal of Clinical Pharmacy, os cientistas alertam que, durante a pandemia, a vigilância das reações adversas aos medicamentos (RAM) deve ser “mais ativa” e a informação deve ser prestada “em tempo real”, de modo a suportar as decisões das autoridades de saúde.


 
 
Fragilidade elevada em doentes com insuficiência cardíaca
Um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde identificou uma elevada prevalência de pré-fragilidade e de fragilidade entre os doentes com insuficiência cardíaca, inclusivamente entre os mais novos. O estudo publicado na revista científica Nutrition, Metabolism & Cardiovascular Diseases mostra que 57,4% das pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca apresentam pré-fragilidade e 15,4% já têm fragilidade. O critério de fragilidade mais comum é a exaustão (90%), seguido da baixa atividade física (81%).


 
 
 
Massa gorda pode aumentar a probabilidade de alergia a fármacos

Um estudo pioneiro realizado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluiu que a percentagem de massa gorda, um dos vários indicadores de obesidade, faz aumentar a probabilidade de reações alérgicas a medicamentos, nomeadamente de reações imediatas, como é o exemplo da urticária e da anafilaxia.


“Constatamos, com este estudo, que quanto maior for a percentagem de massa gorda de uma pessoa, maior é a probabilidade de apresentar alergias a fármacos”, esclarece Laura Ribeiro, professora da FMUP e coordenadora deste trabalho.


O estudo em questão avaliou 84 doentes recrutados num hospital universitário português, sendo que mais de metade do grupo apresentava indicadores reveladores de obesidade.


Os resultados dos procedimentos de diagnóstico confirmaram a existência de alergia a fármacos em 39 doentes, os quais “apresentavam vários marcadores de obesidade significativamente superiores relativamente aos restantes indivíduos”.


Apesar de as reações alérgicas a fármacos serem relativamente pouco comuns quando comparadas com outras reações adversas, “são imprevisíveis e potencialmente graves, podendo mesmo ser fatais para o doente”, explica a imunoalergologista Eunice Dias de Castro, a primeira autora do estudo.


A identificação de potenciais fatores de risco, como é o caso da obesidade, “pode permitir tornar estas reações um pouco mais ‘previsíveis’, e ainda adaptar os protocolos de estudo de alergia a fármacos, habitualmente muito extensos, de acordo com o perfil de risco de cada doente”, revela a médica Eunice Dias de Castro.


“O reconhecimento de doentes obesos ou com maiores indicadores de obesidade como um grupo de risco para a alergia a fármacos poderá, na prática clínica, permitir adequar os protocolos de atuação e estudo e conduzir a estratégias de intervenção multidisciplinares”, anteveem as duas investigadoras.


Frequentemente associada às doenças cardiovasculares e a outras condições não diretamente relacionadas com a reação alérgica a fármacos, a obesidade “é uma epidemia nos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento que exige a intensificação das medidas de combate”, defende Eunice Dias de Castro.


“O estudo veio revelar que essas medidas podem acarretar benefícios para outras doenças com as quais pensaríamos não existir qualquer tipo de associação com a obesidade”, conclui a investigadora da FMUP.



 
 
 
 
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FMUP NOS MEDIA

- Laura Ribeiro, professora da FMUP, foi ouvida pela Lusa no âmbito da divulgação de um estudo que concluiu que a massa gorda aumenta a probabilidade de alergia a fármacos. Os resultados foram alvo da atenção de vários órgãos de comunicação social, tais como o Público.


- Um quarto dos contactos de risco está a escapar ao rastreamento, alerta o Público e a RTP, auscultando a opinião de Bernardo Gomes, docente da FMUP.


- Um grupo de especialistas remeteu uma carta ao Governo a apelar à tutela para auscultar opiniões diferentes no que se refere à gestão da atual fase da pandemia. Favorável ao alívio de algumas medidas restritivas, a carta foi subscrita também por alguns professores da FMUP, como ficou patente no Público.


- Em entrevista à RTP Notícias, Jorge Polónia, professor da FMUP, apelou à necessidade de aceleração nas notificações de reações adversas às vacinas. O especialista, que integra também o CINTESIS, foi ainda ouvido pela Agência Lusa.


- Ângela Carneiro, professora da FMUP e presidente do Grupo de Estudos da Retina, alertou a população para a degenerescência macular da idade. A entrevista foi concedida à RTP, no âmbito do Dia dos Avós.


- Uma equipa de investigadores liderada pela pneumologista e professora da FMUP Raquel Duarte deixou claro quais são os fatores que aumentam o risco de infeção por COVID-19, os que o reduzem e para que países podemos olhar para aprender algo. Leia a notícia no DN.


- João Carlos Winck, pneumologista e professor da FMUP, defende, num artigo de opinião publicado no Observador, a criação de “certificados de ventilação adequada”. No artigo, o especialista elenca o que diz a Ciência sobre os locais onde mais se transmite a COVID-19.


- Henrique Barros, professor da FMUP e presidente do ISPUP, apela à vacinação das crianças para evitar um pico de novas infeções no Inverno. A notícia é da RR.



 
 
 
 
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Edição: Gabinete de Comunicação e Imagem - FMUP | Redação: Olga Magalhães, Daniel Dias, Cláudia Azevedo | Infografia e Imagem: Bárbara Mota e Catarina Carrinho | Produção: Pedro Sacadura
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