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Nº #22  Fev 2022
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
Uma visão para o Ensino, Investigação e Assistência

O Ensino, a Investigação e a Assistência sempre estiveram na base programática da FMUP, na justa medida em que constituem os pilares da formação Médica pré- e pós-graduada de qualidade. A excelência de uma Faculdade de Medicina depende, em grande medida, da forma como consegue unir e criar pontes entre estas três vertentes da Medicina, evitando assim a desagregação do saber.


Não devemos, portanto, pensar o Ensino pré-graduado de uma forma binária em ciclo básico (biomédico e sem investigadores/docentes Médicos) e ciclo clínico (prática clínica sem investigação biomédica e clínica). Neste contexto a fisiopatologia, porque interpreta as doenças a nível orgânico e sistémico, deve ser considerada um importante elo de ligação, instrumental para a integração de conceitos ‘básicos’ na base racional da prática ‘clínica’. Não devemos igualmente separar o Ensino da Investigação e da Assistência, separando docentes, investigadores e clínicos, antes devemos lutar pela integração da atividade clínica, de investigação e docente em profissionais dedicados e de excelência.


O mesmo se aplica ao caminho seguido nas últimas décadas pelas especialidades Médicas, cada vez mais centradas em órgãos e procedimentos, muitas vezes desfocando da complexidade do Doente e da dimensão humanista da Medicina, para além de muitas vezes esquecer a investigação clínica de qualidade. Trata-se de um modelo de formação demasiado estanque, que ignora a dinâmica do mercado de trabalho, num mundo cada vez mais competitivo e interconectado. Os nossos jovens Médicos precisam de competências transversais e de horizontes à escala global. Não precisam de formação técnica glorificada.


Esta análise não pode esquecer os constrangimentos do contexto atual, em que o número de alunos de Medicina em Portugal triplicou nos últimos 20 anos, com 15,8 licenciados por 100 000 habitantes, acima do valor médio de 13,5 dos países da OCDE (OECD (2022), "Medical graduates" (indicator), https://doi.org/10.1787/ac5bd5d3-en). Acresce que o rácio de Médicos por 1 000 habitantes em Portugal subiu 74% em 20 anos. Em 2019, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal contava com um rácio de 5,4 Médicos por 1000 habitantes, claramente acima do valor médio observado nos países da OCDE (INE, Estatística em Saúde - 2019 (2021)). Precisamos, como nunca, de formar Médicos de excelência para lá da Prova Nacional de Acesso (PNA) e da carreira académica, com competências que lhes permitam agarrar as novas oportunidades de desenvolvimento profissional: administração de unidades de saúde, investigação e desenvolvimento na indústria farmacêutica e de dispositivos médicos, saúde digital, global health, entre outros.


Não poderíamos terminar, no entanto, sem referir o aspeto mais determinante para o sucesso de qualquer visão para o Ensino, Investigação e Assistência: precisamos de ter connosco os melhores alunos, precisamos de continuar a contar com os nossos alunos da FMUP!


Roberto Roncon Albuquerque
Professor da FMUP


 
 
 
 
Futebol é capaz de “vencer” a obesidade infantil
Um estudo desenvolvido por uma investigadora da FMUP comprovou que a prática de futebol é uma estratégia eficaz para melhorar os fatores de risco cardiovascular e metabólico em crianças com excesso de peso.

As conclusões do projeto dão conta que as crianças que frequentaram um programa extracurricular de futebol ao longo de seis meses melhoraram não só os indicadores nutricionais (como o índice de massa corporal e a percentagem de massa gorda), mas também os indicadores metabólicos (nomeadamente a tensão arterial, o perfil da insulina e os níveis de glicose).


 
 
FMUP testa novos alvos terapêuticos contra a endometriose
Uma equipa constituída por investigadores da FMUP está a testar novos alvos terapêuticos para a endometriose, uma doença ginecológica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade fértil e que é uma das principais causas de infertilidade feminina.

Para saber mais sobre a doença, os cientistas irão colher, analisar e caracterizar as células do endométrio e o tecido adiposo de mulheres com endometriose submetidas a cirurgia, através do estudo molecular, observações microscópicas e culturas de células.


 
 
 
Melhoria da eficiência pode reduzir hospitalizações por diabetes para metade

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde alerta que é possível diminuir substancialmente as taxas de hospitalizações evitáveis por diabetes, utilizando-se os recursos humanos existentes nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) “de forma diferente”.


“Apesar do forte avanço do cuidado às pessoas com diabetes ao longo dos anos no país, este estudo considera que é possível melhorar a eficiência dos recursos humanos em muitos dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) portugueses”, afirma André Ramalho, investigador da FMUP e do CINTESIS e primeiro autor do trabalho, publicado no International Journal of Health Policy and Management.


Os investigadores compararam indicadores de qualidade relacionados com a diabetes em 54 ACeS que desenvolvem atividades similares, mas que apresentam diferenças significativas e uma “grande variabilidade dos níveis de eficiência dos cuidados”.


Segundo este estudo, coordenado pelos professores Alberto Freitas (FMUP/CINTESIS) e Paulo Santos (FMUP/CINTESIS), com os atuais recursos humanos, se incluirmos fatores como o rácio de doentes por médico, a prevalência da diabetes, a proporção de doentes mais velhos, a proporção de diabéticos com menos de 65 anos com glicemia controlada e o grau de controlo da diabetes na estrutura organizacional dos Cuidados de Saúde Primários, os ACeS “tecnicamente ineficientes” podem melhorar os seus resultados em até 50% em média.


“Uma maior eficiência nos Cuidados de Saúde Primários pode contribuir para uma redução dos internamentos hospitalares e, assim, ajudar a diminuir os custos evitáveis em saúde”, acrescenta o estudo.


Para os autores, “estes resultados podem ser utilizados pelos responsáveis dos Cuidados de Saúde Primários e pelos decisores políticos, que deverão fazer benchmarking, isto é, comparar as suas práticas com os seus pares regionais com maiores níveis de eficiência”.


Este trabalho mostra ainda “uma nova abordagem sobre os internamentos evitáveis, que pode ser estendida a muitas outras condições sensíveis aos cuidados primários, além da diabetes”.


“A alocação de profissionais às diferentes necessidades e prioridades de saúde em cada ACeS, a complexidade da lista de utentes de cada médico e os aspetos relacionados com questões demográficas e socioambientais são fatores fundamentais nesta equação, tendo em conta que os cuidados de saúde primários constituem a principal porta de entrada do sistema de saúde em Portugal”, indicam os investigadores.


Este trabalho foi desenvolvido pelos investigadores da FMUP e CINTESIS André Ramalho, Júlio Souza, Pedro Castro, Mariana Lobo, Paulo Santos e Alberto Freitas.



 
 
 
 
FMUP ACOLHE CONFERÊNCIA EUROPEIA SOBRE ÉTICA E INTEGRIDADE ACADÉMICA


 
 
FMUP AJUDA ESTUDANTES A OTIMIZAR O 2.º SEMESTRE


 
 
PROFESSOR DA FMUP PUBLICA LIVRO SOBRE SAÚDE E DIREITOS HUMANOS


 
 
Prémio BIAL de Medicina Clínica


 
 
FMUP NOS MEDIA

- O fim da pandemia virá quando conseguirmos viver "com relativa normalidade", referiu em entrevista à CNN Portugal Sofia Baptista, professora da FMUP.


- Nuno Vale e Luís Delgado, professores e investigadores da FMUP, falaram ao Expresso sobre a nova linhagem do vírus de COVID-19 que deriva da variante Ómicron.


- O professor da FMUP Ricardo Dinis-Oliveira reconstruiu um dos crimes mais célebres ocorridos em Portugal no século XIX. Para ler no site da CNN Portugal.


- Em entrevista ao Porto Canal, a estudante da FMUP Emília Pinho apresentou o projeto “O Outro Mundo”, recentemente premiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.


- Num artigo de opinião assinado no Público, Carlos Martins, professor da FMUP, defende que “será positivo que os cidadãos despertem para o facto de que a decisão médica partilhada é um direito do qual não devem prescindir.”



 
 
 
 
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