Nº #37 Jun 2023
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
Uma nova Licenciatura na FMUP

É com boas notícias que abrimos esta edição da FMUP News: a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) vai ter, pela primeira vez ao longo da sua história, um novo curso de pré-graduação, que iniciará no ano letivo 2024/2025 – a Licenciatura em “Saúde Digital e Inovação Biomédica” (SauDInoB).


Sendo de destacar a excelente e promissora avaliação feita pela A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior da nossa nova licenciatura, não poderia deixar de relevar as inúmeras contribuições de docentes da Universidade e do Politécnico do Porto, para além de múltiplos parceiros fora da Academia. Neste âmbito, convido todos a lerem, mais abaixo nesta newsletter, o que os principais impulsionadores deste novo e desafiante projeto nos têm a dizer.


Adicionalmente, deixo um agradecimento e uma palavra de incentivo aos Professores desta casa João Fonseca, Adelino Leite Moreira, Bernardo Sousa Pinto, Inês Falcão Pires e Nuno Vale, entre tantos outros que se empenharam na articulação de todos os envolvidos.


Altamiro da Costa Pereira
Diretor da FMUP



Dar um novo impulso ao que a FMUP faz há quase 2 séculos: construir o futuro da saúde

Em abril de 2022, comunicámos aqui a proposta de uma nova licenciatura. Agora, que foi aprovada a Licenciatura em “Saúde Digital e Inovação Biomédica” (SauDInoB), importa destacar alguns pontos do que foi feito até aqui, o muito que é necessário fazer e os desafios que enfrentamos para que a SauDInoB forme profissionais que respondam efetivamente às carências do setor da saúde.


Mas antes é relevante citar o relatório de avaliação da Comissão Externa de Avaliação (CAE) da A3ES que afirma que a SauDInoB é uma “oferta única no panorama nacional e com perspetivas excelentes de empregabilidade”, e conclui: "A CAE não tem dúvidas em considerar que esta oferta formativa além de pertinente e muito inovadora é de enorme qualidade e exigência. Os profissionais que irá formar serão um contributo ímpar para a estruturação da inovação biomédica". São palavras que nos motivam e que nos responsabilizam para que, em conjunto, continuemos a contribuir para que este curso atinja os seus objetivos pedagógicos e corresponda às expectativas que tem criado.


A SauDInoB envolveu já cerca de 150 pessoas, os 8 departamentos académicos (e o departamento não académico) da FMUP, bem como docentes, investigadores e profissionais de saúde e do setor da saúde de mais de 20 entidades. Importa salientar que, sendo sediado na FMUP, este curso tem a participação das Unidades Orgânicas de Ciências e Farmácia e dos Laboratórios Associados INESC TEC, i3S e RISE da U.Porto, assim como do Departamento de Informática do Instituto Superior de Engenharia do Porto, do Instituto Politécnico de Leira e da Escola Superior de Enfermagem do Porto. Foi um trabalho colaborativo, que privilegiou a flexibilidade e a descentralização, e que foi alcançando consensos sobre as opções a fazer, ainda que, por vezes, em tempos demasiado curtos para a participação de todos.


Até à aprovação pela A3ES passaram 15 meses (só a nomeação do júri demorou 7 meses) o que impossibilitou, do ponto de vista organizacional, a abertura do curso no ano letivo de 23/24. Este revés é, no entanto, uma oportunidade que permitirá uma melhor operacionalização e divulgação da licenciatura.


Assim, até ao início da 1.ª edição, em setembro de 2024, temos muito para fazer! No ano letivo que agora termina, começamos a importantíssima tarefa de articulação pedagógica entre UC. As reuniões de trabalho dos docentes indicados como possíveis regentes e corregentes das UC do 1º ano resultaram já na definição de formas concretas de articulação. Temos de continuar a trabalhar para que o ensino/aprendizagem seja eficiente, motivador e alinhado com os objetivos da SauDInoB.


São desafios urgentes para a FMUP a contratação de recursos humanos e a adaptação dos já existentes a uma Licenciatura que formará profissionais de saúde não clínicos. É necessário contratar e fixar docentes (e técnicos) que estejam interessados em estimular o espírito crítico, em ensinar a perguntar e em dar a conhecer diferentes linguagens, métodos e modelos de raciocínio da medicina clínica, das ciências da vida, da informática, da ciência de dados e da gestão e inovação. Todos os que queiram colaborar serão bem-vindos!


Sendo uma Licenciatura inovadora e cujo âmbito é menos conhecido da sociedade em geral, a sua divulgação é outro desafio importante. Está a ser organizado um grupo para a comunicação da Licenciatura e um plano cujos principais meios de divulgação serão: os digitais, nomeadamente redes sociais, os media tradicionais e a divulgação direta nas escolas ou em eventos, tendo como destinatários os estudantes, os seus pais, professores e psicólogos do ensino secundário.


Será ainda um desafio desenvolver as parcerias existentes e criar parcerias adicionais. Um momento importante para atingir este objetivo e para divulgar a licenciatura será a realização da 1.ª reunião da SauDInoB no dia 29/9/2023. Queremos ouvir os parceiros já existentes e envolver outras UO da Academia, outras unidades de saúde, e outras entidades e empresas do setor da saúde.


Com a SauDInoB, a FMUP irá dar um novo impulso ao que faz há quase 2 séculos: construir o futuro da saúde.


João A. Fonseca
Diretor da Licenciatura em Saúde Digital e Inovação Biomédica

Declarações dos elementos de ligação da SauDInoB aos parceiros institucionais

Declarações dos elementos de ligação da SauDInoB aos Departamentos Académicos da FMUP


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FÁRMACO NA 1ª. HORA REDUZ RISCO EM DOENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Um estudo desenvolvido por investigadores da FMUP demonstrou que um fármaco utilizado para a insuficiência cardíaca pode reduzir o risco de morte ou re-hospitalização, caso seja administrado durante a primeira hora de admissão ao serviço de urgência.

No entanto, os autores do estudo constataram que o grupo de doentes que receberam o diurético mais tarde apresentavam características de maior gravidade e pior prognóstico a curto prazo, “não tendo sido prontamente identificados pelos sistemas de triagem atualmente utilizados nas urgências”.



 
 
PROJETO PROMETE REVOLUCIONAR A SAÚDE E DESPORTO NACIONAIS

A FMUP está a participar num projeto inovador que visa criar sensores wearable incorporados em diversos materiais que sejam capazes de responder às necessidades de atletas e de pessoas com determinadas doenças.

Através da inteligência artificial, estes sensores vão permitir criar ferramentas capazes de aferir a performance e a condição física de pacientes e atletas. Em Portugal, o projeto focar-se-á na área das doenças vasculares, nomeadamente no acompanhamento da recuperação em claudicação, úlceras venosas e pacientes com pé diabético.



 
 
 
OBESIDADE “CONSOME” DOBRO DOS RECURSOS DE SAÚDE NO SNS

Uma investigação desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluiu que, na região Norte, cerca de um em cada dez adultos utentes do Serviço Nacional de Saúde tem obesidade (10,2%) e que a maior prevalência se verifica na faixa etária entre os 65 e 74 anos.


Naquele que é o primeiro estudo português a recorrer aos registos eletrónicos de saúde sobre esta doença crónica, os investigadores identificaram mais de 266 mil adultos com diagnóstico de obesidade no Norte, analisando-os sob o ponto de vista biodemográfico, multimorbilidade (ter dois ou mais problemas de saúde) e utilização de recursos de saúde.


Os resultados demonstraram que, dependendo da faixa etária, o grupo de indivíduos registados com a codificação referente à obesidade realizou quase o dobro de consultas médicas de Medicina Geral e Familiar e teve praticamente o dobro de gastos com prescrições de medicamentos e exames de diagnóstico do que a população não obesa.


“Os custos que a obesidade representa para a sociedade também se fazem sentir devido às faltas ao trabalho por doença e dificuldades de emprego”, realça a médica de família Rosália Páscoa. A professora da FMUP e primeira autora do estudo chama a atenção para os dados que revelam que os indivíduos sinalizados como obesos tiveram mais do dobro de ausências ao trabalho por motivos médicos e pelo menos o dobro de dias de doença.


De acordo com os investigadores, a prevalência da obesidade encontrada neste estudo foi inferior à documentada em estudos portugueses anteriores, mas isso não significa que a obesidade esteja a diminuir.


“Podem existir mais pacientes com obesidade que não foram devidamente codificados como tal nos registos eletrónicos, ou seja, até podemos estar perante um subdiagnóstico claro da obesidade, o que retarda o início da intervenção e aumenta o risco de desenvolvimento de outras doenças”, esclarece Rosália Páscoa.


Ainda segundo o artigo, os doentes com obesidade são predominantemente mulheres de meia-idade e as outras doenças mais prevalentes são sobretudo a hipertensão e a diabetes.


Os investigadores garantem que são necessários trabalhos futuros para automatizar a codificação da obesidade para menores de 18 anos – situação que ainda não acontece em Portugal.


“Isto será fundamental para sensibilizar para o problema numa fase precoce, antecipando intervenções no estilo de vida e amplificando o seu impacto na prevenção de problemas associados à obesidade”, assegura Carlos Martins, médico de família e investigador do CINTESIS@RISE.


Os autores do trabalho sublinham também que o controlo regular do peso “merece especial atenção para ser possível reconhecer a situação o mais cedo possível”, bem como a implementação de estratégias práticas, “como a criação de um programa específico de consulta com abordagens verdadeiramente direcionadas à obesidade”.


“Os custos substanciais e de vários domínios associados à obesidade enfatizam a necessidade de investimento para abordar este importante problema de saúde pública”, conclui o estudo da autoria dos investigadores Rosália Páscoa, Andreia Teixeira, Teresa S. Henriques, Hugo Monteiro, Rosário Monteiro e Carlos Martins.



 
 
 
 
PROFESSOR DA FMUP ELEITO PARA CARGO INTERNACIONAL NA ÁREA DA UROLOGIA


 
 
PROFESSORA DA FMUP LIDERA GRUPO DE ESTUDOS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA


 
 
FMUP PARTICIPA EM EXPOSIÇÃO DEDICADA A JÚLIO DINIS


 
 
FMUP DEBATEU OS DESAFIOS DO "CHATGPT” NO ENSINO E INVESTIGAÇÃO


 
 
FMUP NOS MEDIA

- O estudo que fez um “retrato” da prevalência da obesidade no SNS, liderado pela docente e investigadora Rosália Páscoa, foi recentemente capa no Jornal de Notícias.


- Um grupo de investigadores da FMUP defendeu a necessidade de existirem mais vagas nas estruturas residenciais destinadas a Cuidados Continuados de Saúde Mental. A notícia é da Agência Lusa.


- A professora da FMUP Teresa Magalhães esteve em direto na RTP3 para falar sobre as operações de busca que decorreram no Algarve no âmbito do caso Maddie.


- O Observador dá conta do estudo da FMUP que associa a obesidade abdominal a pior progressão da esclerose múltipla.


- Ao Público, Rui Nunes, professor da FMUP, afirmou que “neste momento, não haveria nada a melhorar na lei da eutanásia”.


- Entrevistados pelo Viral, os médicos e professores Paulo Santos e Ângela Carneiro prestaram esclarecimentos em duas notícias de verificações de factos relacionados com temas de saúde.



 
 
 
 
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Edição: Unidade de Gestão de Comunicação - FMUP | Redação: Olga Magalhães, Daniel Dias, Cláudia Azevedo | Infografia e Imagem: Bárbara Mota e Catarina Carrinho | Produção: Pedro Sacadura
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