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N.º 3  Jul 2020
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
Investigação FMUP identifica 30 sintomas de COVID-19
Febre, tosse, fadiga e falta de ar, mas também sensação de formigueiro, dor abdominal, náuseas, vómitos, irritabilidade e confusão. Estes são alguns dos 30 sintomas de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) identificados numa revisão realizada pelas investigadoras Matilde Monteiro-Soares, Daniela Ferreira Santos e Priscila Maranhão, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.

"O nosso objetivo era descrever os sintomas dos doentes com COVID-19 e as doenças associadas à infeção pelo novo coronavírus", explica Matilde Monteiro-Soares, que coordenou este estudo, já publicado no MedRxiv.

As investigadoras analisaram estudos que incluíram milhares de doentes com COVID-19 registados em vários continentes, incluindo Ásia, América e Europa. Os doentes tinham idades compreendidas entre os 28 e os 70 anos.

Ao todo, foram então encontrados 30 sintomas associados à COVID-19. O sintoma mais reportado é a febre, seguindo-se a tosse, a falta de ar e a fadiga. A dor muscular e a dor de garganta são também comuns, sendo referidas em até 65% dos casos. Falta de apetite, arrepios, tontura, dor de garganta, sintomas gastrointestinais (gastrite, dor abdominal, diarreia, náusea e vómitos) e irritabilidade são outros sintomas descritos.

A equipa portuguesa contabilizou ainda um total de 35 doenças concomitantes, associadas à COVID-19. A doença cardiovascular, a hipertensão e a doença cerebrovascular são as mais frequentes. Nos EUA, a comorbilidade de base mais relatada é a doença renal crónica, seguida da insuficiência cardíaca, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e apneia obstrutiva do sono.


 
 
 
 
FMUP distinguida por contributo para a Transição Digital

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) foi agraciada com um louvor por parte do Governo. O secretário de Estado para a Transição Digital explica que a distinção, publicada em Diário da República, tem como objetivo reconhecer o trabalho de instituições e empresas que, desde o início da pandemia, integraram e cooperaram voluntariamente com o Gabinete de Resposta Digital à COVID-19. A colaboração da FMUP com o Gabinete de Resposta Digital à COVID-19 foi assegurada através dos contributos de Ricardo Cruz Correia, professor do Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde.



 
 
Cientista da FMUP descobre papel de enzima na ansiedade

Um estudo coordenado por Joana Marques, investigadora da FMUP, é o primeiro a mostrar que uma simples enzima, chamada Tet3, pode ter um papel protetor importante contra a ansiedade. O trabalho de investigação, publicado na revista científica Molecular Psychiatry e desenvolvido em colaboração com o ICVS/Escola de Medicina da Universidade do Minho, vem contribuir para uma melhor compreensão da regulação do comportamento. Por outro lado, abre caminho para a utilização da Tet3 como um potencial alvo terapêutico em várias doenças do foro psiquiátrico.



 
 
 
Mais vagas para Medicina? Será esta uma boa solução para os problemas da Saúde?

Recentemente o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) veio propor às Escolas Médicas a possibilidade de abrirem cerca de 200 vagas suplementares para estudantes nacionais.


Esta proposta foi liminarmente repudiada pela grande maioria das Escolas devido, sobretudo, a duas razões.


A primeira é que o País não tem qualquer défice absoluto de médicos, mas sim falta de melhor organização do SNS – de modo a garantir uma maior cobertura territorial e uma maior eficiência dos cuidados de saúde – e, sobretudo, falta de oportunidades de especialização para os médicos mais jovens. Daqui decorre que a um aumento injustificado de vagas se seguirá, naturalmente, um aumento de médicos indiferenciados e desmotivados que será de todo indesejável para o País e para a saúde futura da sociedade portuguesa.


A segunda é que as Escolas precisam, há muito, de melhores condições de trabalho, de modo a assegurarem, com qualidade, a sua tripla missão: de ensino, de investigação e de atividades de extensão, incluindo as de natureza assistencial. A este défice de condições adequadas de trabalho, acresce ainda a falta de reconhecimento público e mesmo de respeito, por parte das autoridades competentes, para além das restrições aumentadas decorrentes da atual pandemia. As dificuldades ao seu bom funcionamento sentem-se sobretudo ao nível da relativa falta de espaços disponíveis para um ensino de qualidade, bem como das acrescidas limitações ao acesso a doentes de hospitais e centros de saúde. Daqui decorre que a uma maior degradação das condições de ensino corresponderá uma natural diminuição da qualidade da formação da próxima geração de médicos.


Ou seja, a proposta do MCTES aparece, pelo menos aos olhos dos responsáveis pelas maiores e melhores escolas médicas portuguesas (atente-se no comunicado do Conselho das Escolas Médicas Portuguesas - CEMP), como algo extemporâneo e populista, fruto seja de uma menor sensibilidade e/ou conhecimento destas matérias, seja de uma eventual preparação da opinião pública portuguesa para a questão da necessidade de abertura de novas escolas médicas, de modo a dar resposta a lobbies e interesses económicos privados.


Não defendendo, de modo nenhum, que o ensino da medicina seja monopólio do setor público, não posso, no entanto, estar de acordo – pelas razões acima expostas de manifesto interesse público – que esse ensino seja desregulado e/ou degradado.


Ou seja, sendo certo que a sociedade não necessita de mais médicos (vários são os estudos e dados que o comprovam), mas necessita de cada vez melhores médicos, à abertura de novas vagas numa escola privada deveria corresponder a supressão de igual número de vagas em escolas públicas ou mesmo ao encerramento ou à fusão de escolas já existentes.


Na verdade, garantir a formação de profissionais de grande qualidade (por oposição a formar um grande número de profissionais de fraca qualidade e ainda menor motivação) deverá ser sempre o principal desiderato de qualquer governo e de qualquer MCTES.


E, em resposta a quem defende uma abertura indiscriminada de vagas – invocando, falaciosamente, valores próprios das democracias liberais – pergunto apenas se gostariam de encontrar – seja numa urgência, numa consulta de especialidade ou mesmo numa de rotina – alguém mal formado e desinteressado, em vez de um médico sabedor, experiente e motivado?


Por tudo isto, haverá que saber recusar propostas pouco refletidas (ou então, indevida e politicamente calculistas), a bem do futuro da saúde dos portugueses e das portuguesas!

 

Altamiro da Costa Pereira
Diretor da FMUP



 
 
 
 
Professora da FMUP edita obra sobre gémeos
O nascimento de gémeos monozigóticos é considerado um evento raro, já que ocorre apenas em cerca de 0,3% das gestações. Com o objetivo de abordar a ideia de que os gémeos idênticos podem, afinal, ser bem diferentes, “nasceu” um livro onde um grupo de especialistas internacionais discorre sobre factos e perspetivas acerca do tema. A obra é editada por Alexandra Matias, professora associada da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em colaboração com o médico israelita, Isaac Blickstein, um dos autores mais reconhecidos no mundo dos gémeos.


 
 
Escudo protetor de aerossóis
Miguel Pais Clemente, da FMUP, e Joaquim Gabriel Mendes, da FEUP, criaram um “escudo protetor de aerossóis” para uso na área da Saúde Oral. Este instrumento inovador é composto por uma campânula de proteção em forma de 'U' invertido. O dispositivo é feito em acrílico, permitindo uma visualização correta do campo operatório, para além de assegurar a extração dos aerossóis por um sistema de ventilação forçada, através de um filtro específico para retenção de bactérias e vírus. O pedido de patente já foi submetido.


 
YES Meeting

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) será o "palco digital" da 15.ª edição do YES Meeting. Face aos constrangimentos provocados pela pandemia, o evento irá decorrer online entre os dias 17 e 20 de setembro. Do programa irá constar a já conhecida competição científica, a competição clínica, o speed meeting, um variado leque de workshops e um programa social e cultural adaptado à nova realidade.



 
 
Prémio BIAL de Medicina Clínica 2020
Está a decorrer o período de candidaturas ao Prémio BIAL de Medicina Clínica 2020. O prémio, promovido pela Fundação BIAL, tem um valor de 100 mil euros e visa galardoar uma obra original e de índole médica, com tema livre e dirigida à prática clínica.

As candidaturas decorrem até 31 de agosto.


 
 
 
 
FMUP NOS MEDIA

Cerca de 52% dos profissionais de saúde apresentam sinais de exaustão física ou psicológica e burnout durante a pandemia. O estudo da FMUP foi capa no Jornal de Notícias.


Investigadores da FMUP verificaram que entre meados de fevereiro e meados de abril os dados disponibilizados pelas entidades competentes relativos à mortalidade em Portugal continham erros. Reveja a entrevista ao programa “Sexta às 9”.


Investigadores da FMUP estudam resposta imunológica para evitar desfechos fatais. Saiba mais.


FMUP vai estudar forma de combater a desregulação inflamatória dos doentes com COVID-19. Leia aqui.


A RTP ouviu os diretores das Faculdades de Medicina sobre o aumento do número de vagas anunciado pelo Governo. O diretor da FMUP foi um dos entrevistados.


Mário Dinis-Ribeiro, professor da FMUP, alertou que o adiamento de exames vai afetar o diagnóstico e o tratamento do cancro. Leia aqui.


Um estudo da FMUP concluiu que os diabéticos que vivem sós ou estão deprimidos aderem pior aos tratamentos, noticia a Agência Lusa.


“Qual o impacto da COVID-19 no ensino da Medicina?” é o título do artigo de opinião assinado por Altamiro da Costa Pereira, na revista Visão.


O Museu da História da Medicina Maximiano Lemos foi notícia na RTP. A reportagem está disponível online.



 
 
 
 
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